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12/07/2007 - 08:47

Brasil é líder mundial em energia na avaliação de cúpula internacional reunida em Brasília

Painel discutiu de que forma o Brasil e os EUA estão tratando a Inovação sob a perspectiva governamental.

O painel Ambientes para a Inovação e a Competitividade nas Américas – Perspectiva Governamental reuniu dia 11 de julho, durante o I US-Brazil Summit Innovation, em Brasília, líderes governamentais do Brasil e dos Estados Unidos envolvidos com causa da Inovação. Instituições como a USP, os Departamentos de Comércio e Energia dos Estados Unidos, Inmetro e Petrobras apresentaram o cenário da Inovação nos dois países, e discutiram os aspectos micro e macro que influenciam o ambiente favorável à Inovação. O Brasil foi destacado como líder do setor de Energia, especialmente nas questões de economia energética e biocombustíveis.

O diretor da ABDI, Clayton Campanhola, lançou, como moderador do painel, o questionamento sobre como os governos dos dois países estão tratando o tema da Inovação. A USP, representada pelo coordenador-geral do Observatório de Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da universidade, Glauco Arbix, destacou o andamento de uma pesquisa estratégica de inovação patrocinada pela ABDI, em sete países. A pesquisa demonstra as diferenças entre o avanço promovido pela Ciência e Tecnologia no mundo, com o apoio das universidades, e a Inovação como necessidade de mercado. Destacou, também, o trabalho das Micro e Pequenas Empresas que, embora, na maioria, não desenvolvam Ciência e Tecnologia, são extremamente inovadoras quando atingem de forma positiva a sociedade. Segundo Arbix, a pesquisa realizada pela USP constata ainda a “confusão e a desvalorização dos processos inovadores, mas prevê uma nova realidade, onde os países em desenvolvimento, como o Brasil, já produzem impacto positivo nos países desenvolvidos como os Estados Unidos”. Ele afirma que a elite industrial brasileira já é reconhecida em países historicamente desenvolvidos e em continentes como Europa, América do Norte e Ásia. O maior exemplo deste impacto, segundo o palestrante, refere-se aos biocombustíveis.

A presidente do Council on Competitiveness (CoC), Deborah Wince-Smith, destacou o papel fundamental dos governos neste processo, que passa pelo investimento em educação como estímulo à inovação. Como exemplo, citou o sistema descentralizado usado nos EUA, com uma regulação positiva, como no caso do certificado americano na área de medicamentos. Segundo ela, “é preciso investir em pesquisa de base para criar a plataforma do futuro”. Como exemplo negativo citou os altos custos nos processos de justiça, que oneram a economia americana.

Sandy Baruah, do Departamento de Comércio dos EUA, apontou fatores chaves na colaboração internacional ao ambiente da inovação. Entre os fatores estão: a discussão do tema em nível regional, respeitando aspectos como as localizações geográficas dos países comprometidos com o tema e as parcerias do setor privado neste processo. Para ele, “a velocidade das mudanças ocorre de forma crescente, e as empresas devem estar um passo a frente nestas mudanças, onde os líderes governamentais têm a missão de acelerar e oferecer ferramentas para a inovação”.

A implementação de ações para a criação de um ambiente propício à inovação também foi abordada pelo presidente do Inmetro, João Alziro Jornada. Ele apresentou três perspectivas de trabalho do Inmetro: Estratégia (monitoração e benchmarking); Infra-estrutura de execução de processos para implantar as estratégias de forma eficaz; e o desenvolvimento de um conjunto de padrões de comportamento em prol da cultura da inovação. Para Jornada, “é necessário aumentar o comprometimento do setor público como agente inovador da sociedade”. Informou, ainda, que tecnologias de gestão oriundas do setor privado foram implementadas pelo Instituto e já apresentam ganhos significativos.

O diretor de comercialização do escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável do Departamento de Energia dos EUA, Brad Barton, destacou que “os EUA estão seguindo o líder Brasil na substituição do petróleo por álcool e na utilização cada vez menor de alimentos na fabricação de combustíveis”. Enfatizou as dificuldades em legislar sobre inovação e citou a criação de laboratórios americanos, que contam com financiamento governamental. Citou a região do Vale do Silício como celeiro de tecnologia e empreendedorismo e as parcerias público-privadas como uma cultura ainda muito nova em seu país.

A inclusão social no desenvolvimento tecnológico foi o principal enfoque apresentado pelo assessor do presidente da Petrobras, Irani Varella. Para ele, “o processo ideal de inovação passa pela pesquisa científica e de mercado, onde as preocupações com a inclusão social são obrigatórias”. Varella destacou que a sociedade brasileira é muito jovem e possui como característica a construção de processos “às avessas”. Citou como exemplo os investimentos prioritários no ensino superior antes do ensino médio e a criação de leis antes do próprio parlamento. Porém, fez questão de enfatizar os resultados excepcionais alcançados por empresas brasileiras como a Gerdau, Natura e Petrobras, altamente competitivas, capazes de transformar a capacidade de improviso em criatividade construtiva. Para ele, esta é uma característica genuinamente brasileira e deve ser estimulada.

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