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29/12/2010 - 06:45

Novo método contraceptivo permanente desperta interesse da área médica

Hoje em dia, a preocupação com a rotina de trabalho faz com que muitas mulheres adiem o plano de ser mãe ou até mesmo desistam da maternidade. Com isso, cresce o interesse por um método contraceptivo prático, eficaz, indolor e que não apresente efeitos colaterais. O que muitas mulheres não sabem é que este método já existe e está disponível no mercado brasileiro desde 2009. Trata-se de um microimplante macio e flexível de apenas 4 centímetros feito de titânio e níquel que, introduzidos pela vagina, são colocados em cada uma das tubas uterinas sem nenhuma incisão, o que possibilita que a paciente retorne às suas atividades normais logo após o procedimento, que é irreversível.

Somente nos três primeiros meses é necessário o uso de algum outro método contraceptivo, pois é neste período que o organismo criará uma barreira natural que impedirá o encontro do óvulo com o espermatozóide. Após exame radiológico para confirmar a oclusão das tubas uterinas, a mulher pode suspender o uso de outro método contraceptivo.

A novidade vem despertando o interesse tanto das pacientes quanto da classe médica. O Dr. José Bento de Souza, ginecologista, acredita que o novo método veio para ajudar as mulheres pela praticidade e por ser mais eficaz que a laqueadura cirúrgica. "Indiquei o procedimento para várias pacientes e elas se interessaram bastante. Quando explico a diferença entre este novo método e a videolaparoscopia, todas optam por este novo método", afirma. Já para a ginecologista e obstetra Dra Bárbara Murayama, "as vantagens em relação à colocação sem necessidade de anestesia, internação hospitalar ou cortes são as mais importantes".

O procedimento é realizado na Europa desde 2001 e nos Estados Unidos desde 2002, onde mais de 600 mil mulheres já fizeram o tratamento com sucesso. Fabiana Cristofari Viero, de 37 anos, é mãe de dois filhos e faz parte do grupo de brasileiras que fizeram o procedimento. "Antes de conhecer este novo método, queria fazer a cirurgia de laqueadura mas estava com receio devido a uma possível complicação e por ter que me afastar do trabalho durante vários dias. Este método me proporcionou tudo o que eu precisava", revela.

Desde 2009, a Dra. Daniella de Batista Depes, encarregada do Setor de Endoscopia Ginecológica do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo realiza o procedimento no ambulatório do hospital com excelentes resultados. "Sempre tive interesse no método por achar muito prático, eficaz e sem inconvenientes para a mulher. Os resultados têm sido excelentes, os mesmos no cenário mundial", diz. Estudos mostram eficácia de 99,8%.

Por ser um procedimento rápido e ambulatorial, ele permite evitar uma realidade que preocupa muitas brasileiras: as grandes filas de espera para a cirurgia de laqueadura no sistema público de saúde. O tempo de espera pode chegar a 1 ano e meio e neste período, algumas mulheres chegam a engravidar. Segundo a distribuidora do microimplante, existem alguns procedimentos realizados através de fontes pagadoras e há um protocolo de vigência dentro de alguns hospitais públicos. Em Santa Catarina, a lei nº 14.870 autoriza o SUS a oferecer a laqueadura sem cirurgia gratuitamente e a intenção é que a lei também vigore em outros estados brasileiros.

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