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31/12/2010 - 07:15

Mantega: governo pode superar meta de superávit em 2011

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no dia 30 de dezembro (quinta-feira), que o governo cumprirá a meta cheia do superávit primário em 2011 e disse ainda que poderá haver até "uma poupança adicional" no ano que vem, que seria destinada ao fundo soberano ou a desonerações.

"Meta cheia (para o superávit primário) no ano que vem, esse é o nosso objetivo, vamos fazer uma redução de gastos e já estamos impedindo novos gastos", afirmou Mantega a jornalistas na portaria do ministério"Posso garantir que no ano que vem estaremos cumprindo o primário estabelecido, deveremos até ter uma poupança adicional", acrescentou.

As declarações do ministro ocorrem um dia após o Banco Central ter divulgado que o setor público consolidado teve superávit equivalente a 2,51 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses até novembro, longe da meta do governo de 3,1 por cento para 2010.

Segundo Mantega, o governo definirá em janeiro os cortes nos gastos públicos que serão implementados dentro do esforço fiscal prometido pela presidente eleita Dilma Rousseff. "Temos que colocar o Orçamento dentro do sistema, isso demora cerca de 15 dias. Nesse ínterim, estaremos definindo o contingenciamento que iremos fazer."

Câmbio - Sobre a valorização do real frente ao dólar, Mantega repetiu que a moeda norte-americana tem perdido valor no mundo todo e lembrou que final de ano "é um momento atípico" no câmbio.

"O câmbio está oscilando dentro de uma faixa moderada, eu diria que a volatilidade do câmbio diminuiu bastante. Essa questão será enfrentada pelo governo a partir de janeiro, provavelmente com medidas na área comercial", afirmou o ministro, sem dar mais detalhes.

Questionado se o governo voltaria a cobrar Imposto de Renda sobre aplicações em títulos públicos por investidores externos, Mantega negou: "Não volta IR para aplicações de renda fixa para estrangeiros".

O dólar caiu quase 1 por cento nesta quinta-feira, encerrando 2010 na menor cotação de fechamento desde outubro. A moeda norte-americana recuou 0,83 por cento, para 1,666 real. Em dezembro, o dólar acumulou baixa de 2,8 por cento e, no ano, queda de 4,4 por cento.

Inflação - Mantega afirmou também que a inflação dá sinais de redução, e que o ano termina com a economia aquecida e os preços sob controle.

"A inflação (está) dando sinais de redução, o IGP-M saiu 0,69 por cento (em dezembro), inferior em função da queda de preços de commodities e alimentos", disse. "Era uma inflação com componente sazonal, não estrutural da economia brasileira. Isso faz com que a gente possa terminar o ano com a economia aquecida, mas com a inflação controlada."

"Vamos ter uma redução do nível de atividade no próximo ano em relação a este ano que a economia está aquecida, e isso ajudará a manter a inflação sob controle. A inflação continuará tendo oscilações pela parte de commodities e alimentos, isso é normal", completou. | Leonardo Goy/Reuters.

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