Rio de Janeiro: vendas da indústria com alta de 15% até novembro de 2010

Acomodação no mês não impediu geração de 6.100 empregos e aumento da massa salarial.

As vendas reais da indústria do Rio de Janeiro recuaram 1,5% em novembro de 2010 em relação a outubro, na série livre de efeitos sazonais, acomodação que não alterou a trajetória de crescimento estimada para o ano. A alta acumulada em 11 meses ficou em 15,3%. O sobressalto aconteceu pela base de comparação mais alta do mês anterior em alguns setores, como o de Veículos automotores. Os dados estão na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). [www.firjan.org.br].

De acordo com nota da Firjan, os aumentos de vendas mais expressivos estiveram nos setores de Material eletrônico e comunicação (+65,88%) e Máquinas e equipamentos (+35,83%), este com influência da maior demanda do mercado externo. O setor de Têxteis, com alta de 10,24% nas vendas, já atendia em novembro pedidos das empresas de vestuário que iniciavam suas compras para a produção da coleção de outono-inverno.

“Outro sinal de que a produção da indústria fluminense continuará em alta é o número de horas trabalhadas, que teve forte avanço de 5,3% frente a outubro. O indicador foi impulsionado principalmente pelos setores ligados ao consumo, como Vestuário (19,36%). A alta em relação a novembro de 2009 foi de 12,2%. O acumulado no ano ficou em 10,6%”, informa.

“O nível de utilização da capacidade instalada ficou em 84,4%, estável em relação a outubro e demonstrando a maturação dos investimentos realizados pelas empresas ao longo do ano. Na comparação em relação a novembro de 2009, houve aumento de 3,3 pontos percentuais, principalmente nas indústrias de bens de consumo duráveis, semi duráveis e das ligadas à construção civil, setores que se beneficiaram do avanço do crédito ao consumidor, da renda e do emprego em 2010”, continua.

Dos 16 setores pesquisados, seis apresentaram nível de utilização da capacidade instalada acima de 90%: Minerais não-metálicos (97,98%), Material eletrônico e comunicação (97,61%), Veículos automotores (96,48%), Metalurgia básica (92,78%), Outros equipamentos de transporte (92%) e Máquinas, aparelhos e material elétrico (90,67%).

“O emprego cresceu pelo 19º mês consecutivo, desta vez em 0,9%, com impulso das indústrias de bens de capital e de bens de consumo não duráveis. Foram 6.100 novas vagas em novembro, que representam alta de 9,2% em relação a novembro de 2009 e de 7,2% no acumulado do ano. O indicador de massa salarial cresceu 1,2% na comparação com outubro na série livre de efeitos sazonais, 8,8% frente a novembro de 2009 e 7,6% no acumulado do ano”, finaliza a nota.

• Indicadores Industriais