Para MBE, cortes anunciados devem ser acompanhados de fiscalização

Movimento acredita que é fundamental garantir a eficiência dos gastos públicos.

Se a prioridade de Dilma Rousseff é aprovar a reforma tributária ainda no primeiro semestre, a presidente deu o primeiro passo quando definiu cortes no orçamento. Diante desse cenário, o Movimento Brasil Eficiente (MBE) acredita que é importante aliar os ajustes nas despesas com uma fiscalização efetiva dos gastos correntes e investimentos já aprovados.

Garantir a eficiência do gasto público é imprescindível para que se consiga uma equação fiscal e, dessa forma, reduzir a carga tributária em, pelo menos 10%. “Se a despesa tiver a mesma eficiência da receita, o retorno será altamente compensador”, afirma Carlos Rodolfo Schneider coordenado do MBE.

O Movimento chegou a propor aos presidenciáveis a criação da Secretaria Nacional de Gestão da Despesa Pública. O novo órgão funcionaria nos moldes da Receita Federal, com a mesma eficiência, porém, buscando um melhor aproveitamento das equipes e dos gastos públicos.

Para Schneider a criação da Secretaria seria um grande beneficio público, uma vez que o brasileiro acaba pagando as contas duas vezes. “Pagamos imposto para ter serviço público de Saúde, Educação e Segurança. O problema é que muitos brasileiros pagam plano de saúde, escola particular e segurança privada”, exemplifica.

Em fevereiro, o Movimento Brasil Eficiente encaminhará à Câmara dos Deputados o projeto da Lei do Brasil Eficiente que inclui a criação da Secretaria Nacional de Gestão da Despesa Pública juntamente com outras propostas para simplificação e racionalização da estrutura tributária brasileira, melhorias na gestão dos gastos públicos e aceleração do crescimento econômico.

Perfil- A ideia central do Movimento Brasil Eficiente é dar continuidade e sustentação ao crescimento acelerado da economia brasileira, mas para garantir os patamares de 6% do PIB é necessária uma lição de casa. Reduzir a carga tributária, ter eficiência nos gastos públicos e transparência total na cobrança de tributos. Para tanto, o Movimento conta com a união de dois estudos feitos exclusivamente para esse fim e que originou o livro “Panorama Fiscal Brasileiro: Proposta de Ação”, onde o Economista Paulo Rabello de Castro aborda a necessidade da reforma da estrutura tributária e o economista Raul Velloso faz um diagnóstico dos gastos públicos apontando a necessidade de uma reorientação do gasto corrente para crescer mais.

O MBE tem apoio de mais de 70 das principais entidades de classe do país, como FIESP, CNI, IEDI, OAB-Conselho Federal, Conselho Federal de Medicina, Federações da indústria estaduais (RJ, PR, SC), Federações do Comércio (SP, SC e PR), além do Estado de Santa Catarina. Os princípios do Movimento estão sendo popularizados por meio da distribuição de uma cartilha concebida pelo Movimento com traços do cartunista Ziraldo e da divulgação das ideias em veículos como rádios e Tvs.| Site: http://www.brasileficiente.org.br | Twitter: @brasileficiente