Fuvest: mudanças na prova elevam pressão psicológica sobre estudantes

Entre os dias 9 e 11 de janeiro (domingo a terça-feira), mais de 38 mil candidatos farão as provas da segunda fase da Fuvest, concurso que abrange as cerca de 11 mil vagas da Universidade de São Paulo (USP) e as cem cadeiras de Medicina da Santa Casa. A partir deste ano, o resultado da 1ª fase passa a não contar na seleção, fazendo com que todos os estudantes tenham a mesma chance de conquistar uma vaga. Como isso influencia no desempenho desses candidatos?

De acordo com o psicólogo Fernando Elias José, o fato de que os estudantes que tiveram bons resultados não poderem contar com as notas para a segunda prova pode ser uma pressão a mais. "O candidato precisa ter em mente que está bem preparado e levar em conta seu histórico de estudo, independente dos concorrentes", afirma o especialista em concursos e vestibulares.

Autor do livro "Superando Desafios - Como se preparar para provas, vestibulares e concursos", o psicólogo gaúcho dedica-se há doze anos à pesquisa em Ciências Cognitivas e vem trabalhando com a preparação para provas. "Os cursos preparatórios têm ficado cada vez mais especializados, abrangendo questões-chave dos principais vestibulares do país. Por isso, o ideal é que o candidato mantenha a rotina de estudos e também o equilíbrio nesta reta final, investindo em boas noites de sono e alimentação sem excessos", explica.

No primeiro dia, os alunos farão uma redação e responderão a questões de língua portuguesa e gramática. Já no segundo dia será a vez das perguntas interdisciplinares de história, geografia, biologia, inglês, física, matemática e química. No terceiro dia, os estudantes enfrentam as questões específicas, de acordo com a carreira escolhida.

Fernando Elias José é psicólogo, mestrando em Cognição Humana na PUCRS, especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental pela WP Centro de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, com Curso de Extensão em Psicoterapia Cognitiva na UFRGS. Ministra palestras e é membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas. Há doze anos dedica-se à pesquisa em Ciências Cognitivas e vem trabalhando com preparação para provas e concursos. Realiza também atividades como consultor comportamental em empresas.