Pesquisa da Universidade de Pittsburgh revela que caminhar regularmente ajuda a evitar demência em idosos

São vários os benéficos da caminhada, especialmente para a terceira idade, onde a atividade auxilia no fortalecimento dos ossos e coração, na melhora da vitalidade, no combate ao estresse, depressão, diabetes e colesterol alto, além de promover a integração do indivíduo na sociedade.

Recentemente um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou um efeito benéfico adicional da atividade aeróbica feita com regularidade. Os autores comprovaram sua ação preventiva na diminuição dos riscos de demência em idosos. A pesquisa foi realizada com quase 300 indivíduos idosos, todos na faixa etária dos 78 anos e com boa saúde. Os idosos eram orientados a registrar a distância percorrida toda vez que saiam para realizar sua caminhada. Ao final de 13 anos, os cientistas constaram, encolhimento da massa cerebral, avaliada por tomografia cerebral, em 40% dos indivíduos do grupo, encolhimento este observado nos indivíduos mais sedentários. Já na turma dos mais saudáveis, ou seja, dentre os que mais andavam (o equivalente a 1,5km ao dia) não houve perda de massa cerebral.

“Sabe-se que com o avanço da idade o cérebro dos seres humanos sofre um encolhimento natural, o que pode causar problemas na memória e déficit cognitivo. Através do exercício aeróbico há uma melhora na oxigenação e, conseqüentemente, maior ativação de funções cerebrais, menor dano as células nervosas, melhorando a memória, a condição cognitiva e a qualidade de vida do indivíduo com idade avançada”, esclarece a médica do Lâmina Medicina Diagnóstica, Yolanda Schrank.

Apesar da associação entre atividade física e saúde estar bem documentada, a maior parte da população, sobretudo da população idosa é inativa. Neste grupo específico podem existir limitações e riscos individuais para o exercício, que devem ser cuidadosamente avaliados antes de iniciar a atividade física. Idealmente todos os homens acima de 40 e mulheres acima de 50 anos, em especial aqueles portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, doenças pulmonares, etc.) ou que possuem fatores de risco cardiovasculares (diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral, tabagismo, dislipidemia, etc.) devem, portanto, ser submetidos à avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física.

A principal dica é, portanto, procurar o seu médico e uma vez liberado para a prática regular de atividade física, investir em um tênis confortável, caminhar em local plano, sem buracos, evitar horários muito quentes e, se possível, estimular os amigos a participarem.

Por fim concluímos que os estudiosos americanos comprovaram, cientificamente, o que todos nós na prática já sabíamos, “caminhar, além de fazer bem para o corpo, é bom para a mente”, conclui Dra. Yolanda.