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18/01/2011 - 11:38

Cobertor curto

As mudanças no Rio de Janeiro nos últimos anos vêm despertando um novo olhar não só da população como de investidores e empresários, o que resgata a tradição da cidade como centro nervoso da economia em inúmeros segmentos. Somado a isso, outro fator positivo é o inegável potencial natural inexistente em qualquer outro lugar do mundo.

Mas, certamente, o ápice dessa euforia recente se deve a bem sucedida ação na área da segurança pública e à conquista do direito de sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Hoje, os governantes das três esferas gozam do prestígio e reconhecimento de uma gestão baseada na união e atenta a pontos até então desprezados pelo Poder Público.

Porém, o atual cenário nos comprova a tese do cobertor curto no qual se “cobre a cabeça, mas os pés ficam de fora” e isso carece de total atenção. A tragédia na Região Serrana, repetindo a catástrofe em Angra dos Reis e Niterói, não nos deixa mentir. Em verdade, episódios como esses são esperados, o que constata a ainda fraca política urbana e de proteção das encostas no estado.

Infelizmente, vivemos uma notória contradição, pois se de um lado atraímos olhares admirados, mas, por outro, a indignação é inevitável, pois estamos falando de centenas de vidas e lares destruídos em todos os verões. Famílias inteiras pagando o preço do velho descaso das autoridades.

Torcemos pelo Rio. Vibramos e reconhecemos a cada passo dado em prol de uma cidade e estado melhor, mas continuamos amargando falhas irreparáveis, evidenciando que, se o assunto é gestão pública, as prioridades devem ser estabelecidas para que um setor não se destaque enquanto outros sofrem as consequências do abandono.

. Por; *Marcos Espínola, Advogado criminalista

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