Rodada de Negócios da Assintecal gera US$ 300 mil em negócios na Francal 2007

A Rodada Internacional de Negócios promovida pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) gerou cerca de US$ 300 mil. Durante a 39ª Francal foram realizadas 340 rodadas de negócios com 10 compradores de países como Colômbia, Costa Rica, Etiópia e África do Sul, e 50 fornecedores de empresas de todo o Brasil.

“A Francal foi espetacular! Fechei negócios com a Colômbia e fiz muitos contatos. O mais interessante é que vim para esta feira com objetivo de vender couros decorados e, além da matéria-prima, acabei negociando os sapatos que faço. Acredito que na próxima feira eu exponha a minha linha de calçados. Também planejo participar de uma feira na Colômbia”, conta Claudemir Lorenzi, do Ateliê Berlonzi, do Rio Grande do Sul.

A colombiana Genny Chaparro fez vários contatos com os fornecedores brasileiros e leva para casa uma lista das empresas com as quais pretende comprar componentes para sua fábrica de calçados masculinos. “As empresas do Brasil possuem uma enorme diversidade de cores, materiais e couros que nunca havia visto em outro lugar. Além disso, os fornecedores são atenciosos e os produtos têm preços muito competitivos”, comenta a empresária.

As empresas calçadistas associadas à Assintecal também encerram a Francal comemorando os bons resultados. Graças às parcerias feitas entre grandes estilistas e pólos de pequenas e médias empresas de cidades do interior de São Paulo (Santa Cruz do Rio Pardo, Birigui, Franca e Jaú), Farroupilha (RS) e Guaxupé (MG), as vendas e os contatos superaram todas as expectativas.

O pólo de Guaxupé chegou a vender R$ 30 mil somente no primeiro dia da Francal. O resultado se deve a mudança radical dos produtos das empresas que trocou a produção de botas destinadas a trabalhadores de canaviais, por calçados com conceito de moda, desenvolvidos sob a consultoria do estilista Walter Rodrigues. “A feira foi muita boa para nós. Fechamos cerca de 150 pedidos por dia e conseguimos representantes no Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro”, comemora o representante das oito empresas mineiras, José Rodinei da Silva.

No pólo de Farroupilha (RS), que contou com a consultoria de Lino Villaventura no desenvolvimento de novas coleções, uma das empresas chegou a vender 80 pares de calçados para um comprador da Nigéria.

“A consultoria dada pelos estilistas para essas pequenas e médias empresas calçadistas mostrou que é possível desenvolver produtos com identidade própria. Essa nítida mudança nas linhas de calçados de cada pólo alavancou os negócios na feira deste ano”, explica a gerente de mercado da Assintecal, Silvana Dilly.