Locação de automóveis deve registrar forte expansão em 2010

O ano de 2010 pode ser sido o melhor ano da locação de automóveis no Brasil. A avaliação é do presidente do Conselho Nacional da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), Paulo Gaba Jr., que acredita num crescimento de 30% no faturamento e de 13% a 14% na frota total disponibilizada pelas locadoras no país. Assim, o faturamento do setor chegaria próximo aos R$ 5,7 bilhões e a frota atingiria mais de 410 mil veículos.

O Censo da Indústria do Aluguel de Automóveis, referente ao ano de 2010, está sendo finalizado e será publicado em março, com o lançamento do Anuário ABLA. “Mas já podemos antecipar que o ano passado foi muito bom para o setor, graças à manutenção de investimentos em infraestrutura, que fomentou a terceirização de frotas, e a expansão da atividade turística, que fortaleceu a locação diária, o chamado rent a car”, afirma Paulo Gaba.

Colaborou para esse bom desempenho a recuperação dos preços médios praticados pelas locadoras. Ao combater a concorrência predatória praticada por irregulares e fomentar a profissionalização entre as empresas que exercem a atividade de locação, a ABLA contribuiu para que o tíquete médio do setor se reposicionasse em torno de R$ 85.

“A recuperação da tarifa era necessária para garantir a sobrevivência das locadoras. Hoje, o cliente começa a entender que tarifas substancialmente abaixo do mercado não garantem a confiabilidade do serviço – e que a locadora que ‘achata’ demasiadamente seus preços muito provavelmente não conseguirá cumprir, por muito tempo, os parâmetros de qualidade do serviço, seja no rent a car, seja na terceirização”, explica o presidente do Conselho da ABLA.

Para os próximos anos, a avaliação é otimista com relação ao desempenho do setor. “Porém, para 2011, a expectativa é termos um crescimento moderado, abaixo dessa ´explosão´ que foi a expansão em 2010”, avalia Paulo Gaba. A realização da Copa do Mundo em 2014 favorece o turismo e os investimentos em obras para receber o público estrangeiro.

Hoje, o setor já adquire cerca de 10% da produção da indústria automotiva no país.