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28/01/2011 - 09:13

Mercado para a indústria de mobiliário corporativo: perspectivas para 2011

Seja pelo interesse dos europeus em criar parcerias ou pela situação interna brasileira, o mercado promete bons negócios neste ano.

Uma boa maneira de se informar quais são as tendências para a Indústria de Mobiliário Corporativo é manter-se atento aos eventos internacionais, onde estão expostas as principais tendências de design, decoração de ambientes e tecnologia para o setor: são verdadeiras vitrines. Mas vitrine não significa apenas beleza para os olhos, mas, sobretudo, sinalização de bons negócios.

Maurício Pereira, presidente da Abramco - Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo-, esteve presente nas duas últimas edições da Orgatec, a maior feira internacional do setor, realizada anualmente na cidade alemã de Colônia, e conta que uma das principais mudanças sentidas foi o modo como os produtores europeus estão recebendo hoje os brasileiros.

Em 2008, ao dizer que era do Brasil, a frase não causava nenhuma empolgação. Nesse ano, em compensação, bastava citar o país do futebol para receber uma calorosa acolhida: “O senhor, por gentileza, tome uma água, tome um café, vamos conversar...”, nos conta Maurício. O que fez negociantes europeus, em tão pouco tempo, se interessarem pelo nosso país tem origem no outro lado do mundo: a China.

Ele observou que na edição anterior da feira, produtores chineses ocupavam um pavilhão à parte, no andar inferior. Alguns estandes beiravam o amadorismo, com direito a cartazes improvisados em cartolina. Em 2010, o quadro foi totalmente diferente. Chineses disputavam o mesmo espaço de europeus, com estandes mais bem preparados, inovação de produtos e uma surpresa que assustou concorrentes: empresas vendendo componentes, não apenas produtos acabados.

Hoje, quem associa a produção chinesa a objetos de qualidade inferior também se engana. O país que avidamente ganha espaço no mercado mundial conta com empresas de alta eficiência, com excelentes produtos e certificados de qualidade internacionalmente reconhecidos. A oferta de componentes a preços muito mais baixos é perigosa até mesmo para a indústria brasileira.

Para os europeus, cujo mercado está estagnado e sem espaço para expansão, ver uma fatia ser abocanhada pelos chineses é um duro golpe. A solução é buscar mercados em outros continentes. E o Brasil, com sua economia estável e mercado em franco crescimento, é uma escolha bastante interessante.

Porém, não são apenas as parcerias internacionais que têm deixado os brasileiros otimistas: a própria situação interna se mostra muito favorável. As expectativas para 2011, a julgar pelo desempenho de 2010, são as melhores possíveis.

“Muitas fábricas estão com sua capacidade produtiva totalmente comprometida, algo que não acontecia no ano passado, quando ainda havia ociosidade”, explica Maurício, que viu 2010 como um ano de reação e retomada do crescimento.

Considerando ainda a situação política, em que um novo governo federal se instala com o orçamento já aprovado e pronto para novos investimentos e repasses aos governos estaduais e municipais, espera-se que esse crescimento continue de vento em popa, com aumento da demanda em todo o país. “A expectativa para 2011 é que se repita o ano de 2008, que foi o ano de ouro para o setor”, finaliza Maurício.

Abramco -Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo: fundada em 2009 e com sede na cidade de São Paulo, a Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo é uma organização não governamental com firmes propósitos de superar entraves que existem para o exercício da melhor, ética e transparente atuação concorrencial dos fornecedores de mobiliário corporativo no âmbito público e privado.

Com o objetivo de desenvolver e aprimorar o mercado de mobiliário corporativo no Brasil, a Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo, por meio de acompanhamento, fiscalização e promoção de práticas comerciais éticas, oferece proteção e segurança às entidades fornecedoras e compradoras de mobiliário corporativo em todo o país. [www.abramco.org.br | telefone: (11) 2364-8070].

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