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29/01/2011 - 08:16

Indústria de Nova Friburgo quer capital de giro urgente para evitar demissões, alerta CNI

Brasília - O município de Nova Friburgo, atingido duramente pelas enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro, poderá sofrer o impacto de um novo tsunami, desta vez de ordem econômica, caso não sejam tomadas medidas urgentes para a retomada das atividades industriais. O alerta foi feito no dia 28 de janeiro (sexta-feira), pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Nova Friburgo (Sindimetal), Cláudio Tângari,

Segundo ele, as 50 empresas locais, que respondem por 40% da produção de fechaduras e ferragens para a construção civil no país, operam com apenas 45% da capacidade e acumulam perdas de produção, matéria-prima e estoques de produtos acabados.

“Precisamos da liberação urgente de recursos. A região necessita de R$ 350 milhões em capital de giro para ganhar fôlego até março. Se isso não ocorrer imediatamente, teremos demissões em massa nos próximos meses e a crise social será tão dura quanto a provocada pela natureza”, enfatizou Tângari, que se declarou preocupado com o pagamento da folha salarial de janeiro e fevereiro.

Disse que a linha de crédito de R$ 400 milhões liberada pelo governo federal aos municípios da Região Serrana é burocrática e não atende as necessidades de um quadro dramático.

“Esse crédito é importante na construção de um plano de inovação e sustentabilidade, já que a indústria local precisará ser reerguida na Mata Atlântica, sujeita a desastres como o ocorrido no dia 12 de janeiro. Nosso compromisso é pela manutenção dos empregos, mas para isso precisamos estar vivos, operando. Ninguém visita a área industrial, que também foi devastada”, depôs ele..

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), o setor industrial responde por 40% dos empregos de Nova Friburgo, índice que é de 17% no estado como um todo. O segmento têxtil é outro pólo importante de Nova Friburgo, com 1500 empregos diretos e R$ 140 milhões de faturamento por ano.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado do Rio de Janeiro (Sinditêxtil), Carlos José Ieker, dono de uma das principais empresas têxteis do município, lembra que nove delas foram afetadas diretamente pela enxurrada. Duas ainda estão inoperantes. “O fluxo de caixa das empresas precisa ser reativado. O capital de giro é fundamental para a economia da região, que poderá entrar em colapso sem os recursos provenientes da folha da indústria”, advertiu.

Pesquisa realizada pela FIRJAN com 278 empresas da Região Serrana mostra que 62,2% delas foram afetadas de alguma forma pelas enchentes. O prejuízo supera a casa dos R$ 150 milhões. Existe ainda, conforme a FIRJAN, o impacto psicológico da tragédia, pois muitos empregados tiveram casas destruídas, perderam parentes e ainda têm dificuldades para retomar o cotidiano, afetando a produção.

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