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01/02/2011 - 10:05

Um caminho para a sustentabilidade

Cada vez mais lemos sobre a importância da sustentabilidade, o assunto está presente em todos os setores, atividades, pronunciamentos de políticos e governantes, de líderes empresariais e, até mesmo, em comportamento humano.

Assim como em outros tópicos da administração (Qualidade Total, Reengenharia etc.) este é um tema que causa intensa paixão e controvérsia, são poucas as certezas sobre o que significa, efetivamente, sustentabilidade. E acabou sendo criada uma série de conceitos que, no fim, podem até criar novas regras para estabelecer o que é “ser sustentável”.

Encontramos hoje, termos como: Sustentabilidade Corporativa, (índices de) Sustentabilidade Dow Jones, (índices de) Accountability etc. Um dos conceitos:

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Claro que essa consideração define bem o que é sustentabilidade. Talvez um tanto anacrônico, se considerarmos que a própria existência da humanidade seja um dos agravantes no assunto, o que nos levaria a concluir que ela só será alcançada quando a humanidade chegar a uma quantidade máxima que possa “ser sustentável dentro da dimensão finita do meio ambiente”.

O Conselho Federal de Contabilidade editou a Resolução CFC nº 1.003/04, que trata das Informações de Natureza Social e Ambiental e tem o seguinte objetivo:

Estabelecer procedimentos para evidenciação de informações de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da entidade.

Nesse sentido, a Resolução estabelece regras para estabilizar as informações a serem apresentadas pelas empresas em geral:

Geração e Distribuição de Riqueza: A riqueza gerada e distribuída pela entidade deve ser apresentada conforme a Demonstração do Valor Adicionado, (atualmente obrigatória apenas às empresas de capital aberto).

A grande riqueza de informações está na área de Recursos Humanos, na qual entre outros, são apresentados os seguintes dados: a. total de empregados no final do exercício | b. total de admissões | c. total de demissões| d. total de estagiários no final do exercício | e. total de empregados portadores de necessidades especiais no final do exercício | f. total de prestadores de serviços terceirizados no final do exercício | g. total de empregados por sexo | h. total de empregados por faixa etária | i. informações relativas à interação com a comunidade, devem ser evidenciados os totais dos investimentos em: (i) Educação; (ii) Cultura; (iii) Saúde e saneamento; (iv) Esporte e lazer; e, (v) alimentação. | j. interação com os clientes; fornecedores, etc. \ k. Interação com o Meio Ambiente: (i) investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais para a melhoria do meio ambiente; (ii) investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes degradados; (iii) investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade; etc.

Recentemente, foi editada a Lei n° 12.249, de 11 de junho de 2010, que estabelece, entre outros temas, o Conselho Federal de Contabilidade como o “legislador das normas brasileiras de contabilidade”. Apesar da polêmica que essa atribuição estabelecida em Lei possa ter causado, devemos ter em mente que as normas brasileiras de contabilidade, editadas pelo Conselho, devem ser regularmente seguidas pelas empresas, independentemente do seu porte, forma de constituição ou vinculação a outros órgãos normativos.

Se a maioria das organizações brasileiras passasse a adotar a Resolução que trata do “Balanço Social e Ambiental”, já haveria elementos suficientes para avaliarmos quais as atitudes adotadas por gestores têm, de fato, cunho sustentável. O critério que definiria a tão falada “sustentabilidade” seria obtido pela prática dos sucessos constatados e, podendo ser imitados, levariam um maior número de empresas à continuidade e ao sucesso.

Quem sabe quantas ações sustentáveis já estão sendo adotadas por sua empresa? As quais, pela ausência de um demonstrativo específico, como os citados acima, ou de uma análise mais atenta, têm passado despercebidas e, o que é pior, descontinuadas por não se saber os efeitos positivos que proporcionam?

. Por: Antonio Carlos Pedroso de Siqueira, Diretor da Moore Stephens Auditores e Consultores (www.moorestephens.com.br, www.twitter.com/@moorestephensbr e www.msbrasil.com.br/blog). | Perfil: Moore Stephens Auditores e Consultores- Empresa de auditoria, consultoria e outsourcing, integra como firma-membro, a Rede Mundial Moore Stephens International Limited, considerada uma das treze organizações mais atuantes na área de auditoria e consultoria no Brasil. A empresa está presente no país desde 1997. Atualmente, são oito escritórios nas cidades de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (dois escritórios), Rio de Janeiro, Joinville, Fortaleza, Belo Horizonte, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. A Moore Stephens presta serviços de auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business entre outras.

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