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04/02/2011 - 08:30

Cafezinho vai ficar 23% mais caro

Indústrias estão repassando para o consumidor o aumento no preço da saca de café verde.

O café, bebida consumida diariamente por 9 em cada 10 brasileiros, vai ficar mais caro. No Espírito Santo, o preço do quilo de café torrado e moído, que não é reajustado desde 1994, deve passar de R$ 13, em média, para até R$ 16, um aumento de 23%. Os produtores elevaram em cerca de 26% o valor da saca de café verde, que está sendo vendida a R$ 240. Até o fim desta semana, as indústrias vão repassar esse aumento para os consumidores.

A previsão de consumo para este ano é de 45 milhões de sacas, sendo 20 milhões para o mercado interno e 25 milhões para o mercado externo. Entretanto, a safra brasileira estimada para 2011 é de 43 milhões, o que gera um déficit de dois milhões de sacas.

“A oferta insuficiente para atender a demanda vai afetar mais o mercado interno do que o externo, já que as indústrias nacionais trabalham com estoque mensal, enquanto o internacional com estoques anuais”, afirma o presidente do Sincafé – Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo, Egídio Malanquini.

De acordo com o Sincafé, o preço do café torrado e moído não é reajustado há 16 anos, quando era comercializado a R$ 12 o quilo. “As indústrias não possuem estoque para reposição e estão tendo dificuldades para adquirir matéria prima. Os preços estão subindo porque a procura está muito maior do que a oferta,” conclui Malanquini.

Outro lado - Para o presidente da Comissão Técnica de Café da Faes – Federação de Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, José Umbelino de Castro, o reajuste não cobre nem os custos de produção, que giram em torno de R$ 250. “O café é um produto antieconômico para o Estado porque o produtor está pagando para produzir”, revela.

Consumo - Os capixabas consomem mensalmente 1,3 milhão de quilos de café torrado e moído, segundo o Sincafé. No Brasil, o consumo de café torrado bateu recorde em 2010, quando atingiu a marca histórica de 4,81 quilos per capita, o equivalente a 81 litros de café por pessoa por ano. Este desempenho e 3,5 % superior ao registrado em 2009, quando cada brasileiro consumiu 4,65 quilos. Os dados são da Abic – Associação Brasileira da Indústria de Café.

Houve crescimento em todas as categorias de produtos: “tradicional”, predominante no consumo doméstico, até os tipos “superiores” e “gourmet”, que prevalecem no consumo fora do lar. O segmento de cafés finos e diferenciados, apesar de representar a menor parte do consumo, vem apresentando taxas de crescimento de 15% a 20% ao ano.

O setor no Espírito Santo - O Espírito Santo é o 2° maior produtor de café no Brasil e o 1° em produção de conilon, alcançando a marca de 73% da produção nacional. O setor emprega mais de 330 mil pessoas e exporta, principalmente, para países como Argentina, Alemanha, Eslovênia, Estados Unidos e Países da Região do Mediterrâneo.

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