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05/02/2011 - 06:38

Produção de celulose alcançou 14,0 milhões de toneladas em 2010, aponta Bracelpa


Registrando crescimento de 5,6% ante 2009.

Confirmando as projeções da Bracelpa divulgadas em dezembro, a produção de celulose em 2010 totalizou 14,0 milhões de toneladas, registrando crescimento de 5,6% em relação a 2009, enquanto a produção de papel chegou a 9,8 milhões de toneladas, volume 3,7% superior na comparação com o mesmo período. A receita de exportação totalizou US$ 6,8 bilhões, o que representa elevação de 35,4% em relação a 2009, e o saldo da Balança Comercial foi de US$ 4,9 bilhões, 33% a mais que o resultado de 2009.

A recuperação econômica dos mercados internacionais também refletiu no resultado das vendas externas do setor. As exportações de celulose para América do Norte e Europa tiveram aumento de receita, respectivamente, de 62,5% e 67,8% e representam, no ano, 65% da receita total de exportações da fibra. Os países da América Latina mantiveram o posto de mercado mais relevante para os papéis, com aumento de 28,8% no valor das exportações, e responderam por 56% do valor total das vendas internacionais do produto.

No mercado doméstico, destacam-se as vendas de papéis para fins sanitários e de papelcartão, que tiveram variação positiva de 5,9% e 14,8% em relação ao ano anterior.

O desempenho de 2010 favorece o novo ciclo de expansão do setor, que prevê investimentos de US$ 20 bilhões nos próximos dez anos, visando à ampliação da base florestal e ao aumento da produção de celulose e papel, para atender a crescente demanda interna e a expansão dos mercados emergentes.

“São resultados significativos que mostram que o setor está bem posicionado tanto no mercado nacional como no internacional. Acreditamos que a tendência de crescimento se mantenha nos próximos anos”, afirma Horacio Lafer Piva, presidente do Conselho Deliberativo da Bracelpa. Além disso, favorecem o novo ciclo de expansão da indústria anunciado em setembro, que prevê investimentos de US$ 20 bilhões até 2020, com o objetivo ampliar a base florestal em 45%, passando dos atuais 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para 3,2 milhões de hectares, enquanto a produção de celulose terá aumento de 57% e a de papel, 30%, chegando, respectivamente, a 22 milhões de toneladas e a 12,7 milhões de toneladas. Os investimentos também devem dobrar, em dez anos, a receita de exportações, chegando a US$ 13 bilhões.

As perspectivas para o setor nos próximos anos são bastante otimistas e se baseiam na expectativa do aumento de consumo de papel e maior dinamismo econômico de mercados emergentes – China, Índia, Rússia, Leste Europeu e América Latina. “Estima-se que a demanda mundial de celulose de fibra curta cresça em média 3% ao ano, até 2025, enquanto a demanda por todos os tipos de papel, principalmente os de embalagem e para fins sanitários aumente 1,5% nesses 15 anos. O Brasil, pela qualidade dos produtos e seus atributos de sustentabilidade, será um player cada vez mais importante neste mercado altamente competitivo”, explica Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa.

Apesar do cenário bastante favorável, ela reforça que o setor enfrentará vários desafios nos próximos anos. Em relação à agenda mundial, a busca de uma economia de baixo carbono deve gerar oportunidades ao Brasil e, consequentemente, ao setor. Por isso, a participação nas negociações climáticas, visando à inclusão dos créditos de carbono florestais como mecanismo para compensar emissões, é questão fundamental. “Porém, está cada vez mais claro que a conciliação de interesses, especialmente dos Estados Unidos e da China, definirá o peso das negociações climáticas e do desenvolvimento econômico”, reforça Elizabeth. Além disso, na sua avaliação, é preciso acompanhar o recrudescimento de medidas protecionistas que prejudicam a competitividade, principalmente dos países emergentes.

Em relação à agenda nacional, a questão mais imediata é a definição de medidas para correção do câmbio. Além disso, para a Bracelpa, o novo governo também deverá priorizar a redução da carga tributária, com a desoneração plena de investimentos; promover a devolução dos créditos de ICMS acumulados na exportação, criar um regime especial que interrompa a geração de créditos tributários nas exportações e, também, adotar medidas para a desoneração plena das exportações.

Infraestrutura e Logística – Outro ponto fundamental é a eliminação de gargalos nos principais modais de transporte – portos, ferrovias e rodovias – o que, ao lado de investimentos privados, permitirá o avanço do setor. A Bracelpa elaborou um estudo que apontou as obras prioritárias em todo o País que incluem modernização de portos, duplicação ou triplicação de estradas e novos ramais ferroviários, entre outros projetos. “Essas obras são fundamentais para viabilizar os investimentos anunciados e aumentar a competitividade do setor”, afirma Horacio Lafer Piva. [ www.bracelpa.org.br].

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