Em 2010, gráficas investiram milhões em tecnologia

Espírito Santo está acompanhando a evolução da indústria gráfica nacional, que investiu R$ 4 bilhões no último ano.

O boom que a indústria gráfica vivencia é reflexo da evolução tecnológica e do seu consequente avanço nos parques gráficos, que tem impulsionado o desenvolvimento das cadeias produtivas. Os empresários do setor gráfico estão investindo cada vez mais no segmento para diversificar os produtos e conquistar o público.

Entre 2008 e 2010 a indústria gráfica brasileira investiu R$ 4 bilhões em equipamentos de pré-impressão, impressão e acabamento. Os investimentos geraram, só no ano passado, 11 mil postos de trabalho e um crescimento de 4,2%.

No Espírito Santo, o setor também acompanhou o ritmo da modernização. Os empresários capixabas investiram cerca de 80 milhões na compra de maquinários. Porém, segundo o presidente do Siges – Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo, João Depizzol, os investimentos em equipamento terão mais eficácia a partir do momento que o setor estiver preparado para ser mais competitivo.

“O desafio é conseguir crescer e ao mesmo tempo ser competitivo, já que o investimento tecnológico gera aumento de capacidade produtiva. Mas, nem sempre o mercado está preparado para absorver esta capacidade, podendo gerar investimentos ociosos no parque gráfico”, destaca.

Mesmo com investimentos em equipamentos o setor se depara com dificuldades, como a falta de mão de mão de obra qualificada e a carência de cursos para formação profissional no setor, que atualmente gera 2.800 empregos diretos. Para manter a cadeia produtiva em crescimento Depizzol afirma que é preciso transformar a capacidade produtiva em ganho de competitividade.

“Assim como gráficas de outros estados, devemos estar cada vez mais competitivos para conseguirmos manter nosso produto em destaque. O mercado tem exigido mais eficiência da empresa para ter custos e preços competitivos, e isso é importante para avaliarmos as condições do setor no futuro”, afirma.