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11/02/2011 - 09:57

As voltas que o mundo dá

Acabo de participar da Convenção e Exposição da National Automobile Dealers Association – Nada, em San Francisco, Estados Unidos, de onde escrevo este artigo. As novidades foram poucas, mas algumas lições podem servir aos que se acham acima do bem e do mal, para se precaver contra o “vírus da vaidade e comodidade”.

Os Estados Unidos, aos poucos, recupera-se da tremenda crise financeira que abalou enormemente os negócios do varejo. Eu participo deste evento desde 1979 e ainda não tinha presenciado momentos tão conturbados quanto os vividos pelos americanos nestes últimos dois anos. No início da década passada, o varejo automobilístico Yankee comemorava com requinte, os bons resultados, que quase sempre, serviam de motivação e modelo ao mundo em desenvolvimento.

Com vendas próximas a 18 milhões de veículos anuais e lucros invejáveis, o varejo automobilístico norte-americano parecia que nunca pararia de crescer. A crise financeira chegou e, do dia para noite, tirou 5 mil concessionárias de veículos automotores do mercado, ou seja, eles perderam um Brasil de revendedores, um golpe e tanto no setor. No entanto, a crise revelou uma face do mundo dos negócios, a de um povo lutador, criativo e obstinado por superar desafios.

Já visitei mais de cem empresas, a grande maioria, concessionárias de veículos automotores, nos Estados Unidos. No início, eu tinha a sensação de que, para eles, era mais fácil conquistar o sucesso. Ledo engano, aos poucos fui percebendo que gerir empresas eficazmente e ganhar dinheiro é um desafio para todos os povos.

Aos poucos, o mercado vem se recuperando. No último ano, as vendas alcançaram patamar de 11 milhões de unidades e já se espera 13 milhões para este ano e, em 2015, 18 milhões, recorde do mercado norte-americano, contabilizado no meio da década passada. Durante as visitas, Convenção e a Roundtable Internacional promovida pelo Instituto das Concessionárias do Brasil- ICBR, o que eu mais indaguei foi o que fizeram de diferente os que conseguiram vencer.

As respostas que mais ouvi foi algo do tipo: “que crise que nada, o que aconteceu foi uma grande oportunidade para nos reinventarmos e fortalecer as nossas bases” revelou Steve, diretor de uma concessionária Honda, pertencente a um grande grupo americano. Daí, não me contentei e quis saber mais sobre o que haviam, de fato, feito, já que no caminho, havia contado três concessionárias com as portas fechadas.

Daí, não foi difícil perceber que, para sobreviver, empresas como àquela, abandonaram a vaidade de quem imaginava que nunca conheceria o sabor da derrota e voltou-se, com todas as suas forças, para conquistar os poucos clientes que sobraram, oferecendo atendimento diferenciado, promoções nunca antes vistas e novos métodos de abordagem.

Disseram que investiram bastante na internet e nas mídias sociais. Para alguns, membros menos experientes de nosso grupo, tudo parecia discurso decorado para causar boa impressão aos visitantes. Mas, para a surpresa de alguns, poucas horas depois da visita, nossas fotos estavam no Facebook com convite e informações sobre a nossa visitação.

Ficou claro que para vencer não basta saber, é preciso fazer e saber fazer, mas para isso é preciso ter humildade, simplicidade e atitude de quem deseja vencer. Pense nisso, ótima semana e que Deus nos abençoe,

.Por: Evaldo Costa, Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil | Site: www.carroeletriconews.blogspot..com | Site: www.icbr.com.br | E-mail: [email protected]

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