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11/02/2011 - 09:57

Inadimplência recorde em janeiro, saiba as causas e soluções

O crescimento da inadimplência do consumidor no país é assustador. O acumulo de dívidas a pagar fez com que a inadimplência dos brasileiros aumentasse 24,8% em janeiro, em comparação com o mesmo período em 2010 - o maior crescimento anual desde julho de 2002, segundo levantamento da Serasa Experiam. Mas, quais são os motivos que levam a esta situação e as alternativas para mudar esta situação? Segue abaixo sete principais causas que levam as pessoas a se endividarem:

Falta de educação financeira. Sem possuir educação financeira, as pessoas que não conhecem sobre a importância do dinheiro e as formas corretas de utilizá-lo está a um passo das dívidas. Isso acontece com a maior parte da população, pois, nem os pais nem as escolas ensinam isso para as crianças e adolescentes e depois que esses crescem ficam expostos a sociedade de consumo, onde esse tipo de informação não é interessante. O Caminho para sair desta situação é buscar cursos e livros sobre o tema. Também é fundamental a preocupação com as crianças, ensinando de forma lúdica sobre o tema e solicitando a inserção deste nas escolas.

Falta de planejamento financeiro. As pessoas não sabem para onde vai o dinheiro que recebem, e não possuem controle. Isso é reflexo direto do pecado anterior, as pessoas ganham e gastam sem controle nenhum ou com um controle superficial. Não se dando conta que o descontrole financeiro não acontece nos primeiros gastos, mas, nos pequenos. Assim o caminho para sair desta situação é o preenchimento de uma caderneta diária de todos os gastos, que chamamos de apontamento, e realizar uma planilha mensal destes por três meses. Conhecendo assim os seus números.

Marketing e publicidade. Ser suscetível a ferramentas de marketing e publicidade, que fazem com que as pessoas comprem o que elas não precisam. Isso acontece diariamente na televisão, nas ruas, no trabalho; as mensagens são muitas e as pessoas passam a acreditar que parte do que é oferecido é realmente necessário. Assim o caminho para evitar esse problema é não comprar por impulso, o ideal é questionar na hora: realmente preciso desse produto? Como ele vai alterar a minha vida? Também é interessante deixar a compra para outro dia, onde terá refletido sobre se quer mesmo ou não.

Crédito Fácil. Buscar ferramentas de crédito fácil, como empréstimos, crediários, financiamentos, limite do cheque especial, pagar o mínimo de cartão de crédito. O mercado oferece milhares de produtos de fácil acesso, contudo, os juros cobrados são altos e fazem com que a inadimplência se torne alta. Assim, a solução é evitar esses meios. No caso de cartão de crédito, o ideal é ter só um, e em caso de descontrole eliminar até mesmo esse. Também é interessante não ter limite de cheque especial. Evitar também totalmente os empréstimos e crediários é fundamental.

Parcelamentos. Ao parcelar as compras as pessoas não percebem que já estão se endividando. Muitas vezes esquece-se de colocar esses valores no orçamento o que faz com isso se torne um caso de inadimplência. Um parcelamento na verdade é uma forma de crédito, pois, você está usando um dinheiro que não possui para comprar um produto. Assim, para que não tenha problemas, esse deve ser evitado. Caso isso não seja possível, esse deve constar no orçamento mensal da pessoa, sempre que essa receber seus rendimentos, já deve separa o valor para pagar essa dívida. Também é interessante ter uma poupança paralela, para que, em caso de imprevistos, tenha como arcar com esses valores.

Falta de sonhos. Não ter objetivo para o dinheiro. Se a pessoa não tem determinado o objetivo para qual utilizará o dinheiro poderá gastar de forma irresponsável, levando ao endividamento. Isso ocorre muito pela falta de capacidade das pessoas de sonharem com o que querem no futuro, vivendo muito o presente. Para sair deste problema é recomendável fazer um exercício simples, para por cinco minutos diários e refletir sobre quais são realmente os seus sonhos, o que se quer para o futuro. Tendo isso estabelecido, deve cotar os valores e determinar parte de seu dinheiro, quando recebê-lo para esse fim. Com isso em mente será muito mais difícil que se caia nas armadilhas do consumismo e crédito fácil.

Necessidade de Status social. Acreditar que consumir é importante para o status social. Muitas pessoas acreditam que possuir alguma coisa é que irá fazer a diferença na sociedade, e não o que ela realmente é. Isso é reflexo das informações que recebemos hoje, passando valores errados de que ter alguma coisa é a felicidade, independente das conseqüências, assim, se cai no consumismo acelerado. Que tem como única função suprir um vazio dentro das pessoas, reflexo da falta de relacionamentos mais próximos de nossa sociedade atual. A solução para esta questão é ter objetivos claros do que se quer e saber que ser é muito mais importante do que ter. Pode ter certeza, ler um livro vai lhe fazer muito melhor do que comprar uma roupa!

. Por: Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro. Presidente do Instituto DSOP, publicou os livros Terapia Financeira (2007) e O Menino do Dinheiro (2008), ambos pela Editora Gente.

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