Dólar baixo: quem perde e quem ganha

Enquanto alguns setores destacam as dificuldades causadas pela valorização do Real, outros comemoram o fato do Brasil ter uma moeda forte. É o caso do setor de panificação e confeitaria, cujos negócios são focados no mercado doméstico e para quem dólar estabilizado em torno de R$ 1,70 é motivo de tranquilidade.

A indústria de panificação consome cerca de 11 milhões de toneladas de trigo por ano, sendo que metade é importada da Argentina. Assim, a baixa cotação do dólar favorece os negócios. “Dependemos do mercado externo para a obtenção da nossa principal matéria-prima. Com o Real forte, podemos comprar mais”, avalia o presidente do Sindipães – Sindicato da Indústria de Panificação do Espírito Santo, Flávio Bertollo.

Já o setor calçadista, que ao invés de comprar, vende para o mercado externo, sofre com a desvalorização da moeda americana. “Exportar está ficando mais difícil, então estamos destinando nossa produção para o mercado interno, que está se tornando cada vez mais competitivo”, ressalta o presidente do Sindicalçados – Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo, Altamir Martins.