Receita de operadoras indianas pode chegar a US$26 bi em 2011

Bombaim - A receita das operadoras indianas de telefonia móvel pode atingir quase 26 bilhões de dólares pelo final de 2011, à medida que a queda nas tarifas e nos preços dos celulares alimentam o crescimento no mercado de telefonia móvel que mais cresce no mundo, afirmou na quarta-feira o grupo de pesquisa Gartner.

A empresa previu que o crescimento no número de assinantes de telefonia móvel seria de 23 por cento ao ano na Índia, o que elevaria o número total de celulares em uso no país a mais de 462 milhões em 2011.

O número de assinantes vem crescendo em mais de 6 milhões ao mês, e as operadoras de telefonia móvel atraem novos usuários com ofertas de serviço a preço inferior a um centavo de dólar por minuto de ligação.

A Índia, terceira maior economia asiática, com 1,1 bilhão de habitantes, tinha 218,05 milhões de usuários de telefones no final de maio, 177,79 milhões dos quais equipados com celulares, de acordo com dados da agência regulatória das telecomunicações do país.

O Gartner disse que a penetração da telefonia móvel subiria a 38,6 por cento em 2011, ante 12,7 por cento em 2006, propelida pelo mercado rural, ofertas de pacotes de serviços e aparelhos e promoção agressiva.

"A penetração da telefonia móvel no mercado rural é de dois por cento hoje, e o segmento representa imensa oportunidade para as operadoras de telefonia móvel", afirmou o Gartner.

Em 2011, a empresa antecipa que 58 por cento da população rural e 95 por cento da população urbana da Índia disponham de celulares.

O grosso das receitas das operadoras do setor será propiciado por serviços de voz, ainda que a participação desse segmento no bolo deva cair dos 90 por cento de 2006 a 78 por cento em 2011, devido à ascensão dos serviços de dados, previu o Gartner.

A Bharti Airtel é a maior operadora indiana de telefonia móvel. Seus principais concorrentes, em um mercado muito fragmentado, são a Reliance Communications, a Hutchison Essar, controlada pela Vodafone, e a estatal Bharat Sanchar Nigam.| Reuters.