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16/02/2011 - 09:30

Soluções imediatas contra o apagão de mão de obra

Na presente conjuntura de crescimento substantivo do PIB e elevada confiança dos consumidores e empresários, o Brasil enfrenta uma insólita dificuldade: a falta de profissionais qualificados, em distintos níveis. Há carência de engenheiros, técnicos de produção, operações e manutenção, finanças e TI, operários e contadores, dentre outros profissionais. É o fenômeno que o mercado batizou de “apagão de mão de obra”.

Com o aquecimento do nível de atividade, o País tem a sua menor taxa de desemprego (5,7%) desde o início da série histórica desse índice medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, agravou-se a carência de recursos humanos, a tal ponto que passa a ser considerada um dos obstáculos ao crescimento sustentado. Anteriormente, o problema concentrava-se nos cargos de direção e funções inerentes à formação no Ensino Superior, considerando que apenas 11% dos brasileiros têm diploma universitário. Agora, entretanto, faltam técnicos de nível médio e até mesmo trabalhadores com formação no Ensino Fundamental.

Evidencia-se a deficiência da educação, um antigo gargalo do Brasil. Portanto, a grande solução para o problema está na melhoria da qualidade das escolas públicas. No entanto, é necessário encontrar soluções rápidas, pois a demanda do mercado é premente. Não há tempo para aguardar a formação de toda uma nova geração de trabalhadores. Considerando-se que a partir de 2011 o País já tivesse excelência na educação, os frutos seriam colhidos somente ao cabo de quase duas décadas. A criança ingressa no primeiro grau aos seis anos. No total, permanece 12 anos no Ensino Fundamental e no Médio. Entretanto, ao completá-los, com 17 ou 18 anos de idade, ainda não tem uma profissão. Faz mais quatro, cinco ou seis anos de curso superior, dependendo da carreira escolhida, para, então, ingressar no mercado de trabalho.

Seria muito interessante a possibilidade de o estudante formado no segundo grau já ter uma profissão técnica, que lhe permitisse ingressar no mercado de trabalho, continuar estudando e desenvolvendo sua carreira. Alternativa que mostra resultados efetivos é a que foi adotada no âmbito do Sistema Fiesp, em São Paulo: os alunos do Ensino Médio do Sesi-SP podem matricular-se, de modo simultâneo, nos cursos técnicos do Senai-SP, aprendendo uma profissão.

Outra solução bem-sucedida é a formação profissional propiciada pelas empresas. Um exemplo é a Print Media Academy da Heidelberg. Criada há 10 anos para difundir tecnologia, promover o adequado treinamento dos profissionais das gráficas na América Latina e contribuir para a formação profissional dos estudantes do Senai-SP, a PMA São Paulo, com uma unidade no bairro da Mooca e outra localizada em Barueri, é uma das poucas do gênero em todo o mundo. Com equipamentos de última geração, possibilita que os alunos da Escola Senai Theobaldo De Nigris e profissionais gráficos de todo o Brasil e numerosos países latino-americanos tenham treinamento de alto nível, em máquinas com tecnologia de ponta.

Portanto, ao mesmo tempo em que as políticas públicas precisam atender à prioridade de melhorar a qualidade do ensino regular, é fundamental que se multipliquem as experiências bem-sucedidas de empresas e entidades de classe para a formação e treinamento de profissionais. Na Ásia, China e Coreia do Sul são bons exemplos de países que adotam e implementam essa filosofia. Todo esforço deve ser feito para que o Brasil conte com os recursos humanos necessários à sustentação de seu bem-vindo crescimento econômico e social!

. Por: Dieter Brandt, presidente da Heidelberg para a América do Sul.

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