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16/02/2011 - 09:44

O Real Valor do Cloud Computing

Dentre os benefícios do Cloud Computing, contribui significativamente para o seu sucesso aqueles econômicos. Nossos clientes têm nos procurado para avaliá-los, e invariavelmente elaboramos business cases (casos de negócio) nos quais comparamos as alternativas internas e a do Cloud Computing, para, assim, escolher a que mais poderá gerar valor para suas empresas. Os resultados têm confirmado que mesmo com a escolha do Cloud Computing, não há um padrão único que sirva para todas as organizações. Neste artigo compartilhamos - na medida do possível dadas as limitações de forma - um pouco deste aprendizado. Algo que possa ajudá-lo a fazer avaliações e tirar suas próprias conclusões.

Inicialmente, destaca-se que os resultados variam em função do horizonte de análise. Por isso, recomenda-se simular diferentes prazos (tipicamente 2 a 5 anos). Analogamente, os resultados são impactados pelo volume, incluindo como este se comporta ao longo do tempo (de forma crescente, sazonal etc.). Ressalte-se que o termo volume, neste caso, pode ter significado distinto conforme o tipo de Cloud considerado: caixas postais (Cloud para correio), CPU, memória ou disco (caso de IaaS – Infrastructure as a Service), usuários ou transações (SaaS – Software as a Service) etc.

Neste ponto, tem contribuído bastante elaborar uma matriz prazos versus volumes, com simulações de resultado para diferentes prazos e volumes e desta derivar um Mapa de Calor (Heat Map). Com isso, graficamente se pode identificar mais facilmente os casos nos quais faz mais sentido adotar o cenário interno ou o de Cloud Computing, ampliando a eficácia do business case.

No cenário interno, recomenda-se considerar os custos de infraestrutura nova ou de atualização da existente. Afinal, comparar equipamentos e licenças já depreciados gerará distorções no business case. Assim, uma atualização de Exchange 2007 para Exchange 2010 é um exemplo. A substituição de servidores antigos por novos e ampliações de capacidade do centro de dados são outros exemplos.

Além disso, para cada combinação (prazo versus volume), avalie a inclusão de hardware e licenças conforme aplicável para cada item: servidores; racks; cabeamento; storage; elementos de rede e segurança, incluindo alta disponibilidade, backup, antivírus/antispam (no caso de correio), firewall, IPS, etc.; sistemas operacionais; banco de dados; servidores de aplicação; as aplicações em si. Não esquecer a mão de obra de instalações, migrações de dados e caixas postais, treinamentos, gerenciamento de projetos, service desk, contratos de manutenção e suporte 24x7, assim como despesas decorrentes de monitoração e gerenciamento 24x7. É preciso garantir que os custos de licenças e serviços recorrentes sejam computados de maneira compatível aos distintos prazos e volumes simulados. Também é importante incluir custos de centro de dados (espaço físico, energia, ar condicionado, segurança física etc.) e custo de atualização do hardware ao longo do tempo.

Um bom desafio é dimensionar hardware, licenças, consumo de Internet e mesmo os serviços para cada volume de transações a simular. Cada um destes (hardware, licenças, serviços etc.) vai se comportar de maneira diferente para variados volumes. Para isso, siga as recomendações dos fabricantes em relação aos requerimentos técnicos dos sistemas e elabore um estudo de regressão linear ou similar para ajudar a entender como é a curva destes em função do volume.

No cenário de Cloud Computing, devido ao conceito de abstrair a complexidade de TI e calcular tudo como serviço, a lista de desembolsos será menor. Isso inclui o pagamento das mensalidades e o custo de transição do modelo interno para a nuvem, que pode ou não estar diluído nas mensalidades. Pode fazer sentido incluir ainda um custo de upgrade de enlace Internet.

Avalie quão importante é para sua empresa classificar os desembolsos em Capex (Despesas de Capital) ou Opex (Despesas Operacionais).

Algumas recomendações finais. A primeira, é garantir que valores comparáveis estão sendo utilizados: preços com ou sem impostos, moedas, custos ou preços, inflação, prazos de pagamento, valores adequadamente distribuídos ao longo do tempo, custo real do empregado etc.. A segunda, é não minimizar o custo do dinheiro no tempo, apurando o resultado com Valor Presente Líquido por meio do Custo de Capital mais adequado para seu projeto. A terceira, é observar custos de rescisão de contratos atuais. A quarta, é documentar extensivamente as premissas e fontes de informação. Por fim, envolva sua área financeira em relação aos temas Custo de Capital e Capex/Opex, bem como as áreas necessárias para determinação de custos internos (infraestrutura de Centro de Dados, custos com mão de obra interna etc.). Valores referenciais de mercado podem ser usados quando os dados de sua empresa não estiverem disponíveis. Mas use-os com cautela.

Pronto, agora você tem os custos dos cenários interno e Cloud Computing para comparações e simulações em diferentes prazos e volumes. Curta a viagem, exercitando mudanças nas variáveis para entender como se comporta a estrutura de custos da sua empresa e da opção da nuvem. Seguramente, com essa ferramenta sua escolha levará em consideração os elementos necessários e garantirá a opção que gera mais valor para sua empresa e para você mesmo.

. Por: Leonardo Carissimi, especialista em Soluções de Computação em Nuvem da Unisys Brasil.

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