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19/07/2007 - 14:25

SESI quer levar os Valores do Esporte para as empresas

Brasília - O Serviço Social da Indústria (SESI) lança dia 18 de julho (sexta-feira), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o projeto SESI Valores do Esporte. A proposta é mostrar que os princípios da prática esportiva podem transformar a vida dos trabalhadores e a produção das empresas. “Ao praticar esporte as pessoas trabalham espírito de equipe, liderança, ajuda mútua e isso pode ser levado ao trabalho na empresa”, afirma o coordenador de Lazer do SESI de Santa Catarina, Fábio Fernando Rodrigues.

Durante três dias, cerca de 150 empresários, dirigentes dos Departamentos Regionais do SESI, especialistas da área esportiva e atletas discutirão formas de incorporar esses valores ao dia-a-dia das empresas. Entre os palestrantes convidados estão o chinês Hai Ren, integrante do Centro para Estudos Olímpicos da Beijing Sport University. Ren falará da experiência que teve participando da comissão que defendeu a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Outro destaque é o inglês Iain MacRury co-diretor do London East Research Institute (ELRI) e especialista em estudo de legados dos Jogos Olímpicos de 2012.

O projeto Valores do Esporte foi criado em 2004 pelo SESI de Santa Catarina. Na época, foi implantado um projeto-piloto com o desafio de focar os valores esportivos e destacar a relação da prática com a vida dos participantes. “A intenção era fortalecer o programa SESI Esporte. Chegamos à conclusão de que o esporte pode colaborar ainda mais com a qualidade de vida do trabalhador. Percebemos que os valores eram atributos que poderíamos usar no dia-a-dia”, diz Rodrigues.

Consultor do projeto, o doutor em Educação Física pela universidade de Gama Filho, Lamartine DaCosta, diz que a disseminação dos valores esportivos é antiga na instituição. “Se olharmos o início das atividades nos anos 40 veremos que a carta que deu origem ao SESI já falava em paz social”, destaca. Segundo o professor, desde aquela época a prática do esporte era vista como um fator de desenvolvimento do país. “Recentemente, ficou claro que o esporte tem capacidade de carregar esses valores e desenvolve-los junto à população é até um meio pedagógico.”

DaCosta lembra ainda que as Nações Unidas defendem a teoria de que a disseminação dos valores do esporte é positiva. “Há uma onda internacional para colocar esses valores no centro das atividades. Como o SESI trabalha com esportes é oportuno que a instituição também entre nessa área.” Ele descreve o esporte como uma simulação da sociedade. Ou seja, para conviver em sociedade é preciso seguir regras, como em um jogo. “O esporte é um instrumento pedagógico, de diversão, e suas características criam desenvolvimento interno como o espírito de equipe.”

Exemplo de sucesso - Localizada em Joinville, maior pólo industrial de Santa Catarina, a empresa de fundição Tupy tem no esporte um aliado para garantir as metas de produção. São mais de 500 mil toneladas de peças em ferro fundido por ano. “A Tupy reconhece que o esporte e as atividades sociais fazem parte de todas as ferramentas de gestão que podemos utilizar para motivar e fazer com que a empresa funcione”, afirma o vice-presidente de engenharia e operações, Luis Guedes. Segundo ele, o Serviço Social da Indústria (SESI) tem um papel fundamental nesse trabalho. “Os jogos e os campeonatos do SESI estimulam o treino e a participação dos funcionários”, diz.

O resultado obtido nas quadras reflete diretamente no desempenho dos funcionários. “Todas as vezes que temos eventos esportivos a auto-estima dos funcionários melhora. O esporte acaba sendo motivo de união dentro da empresa e promove o espírito de equipe”, reforça Guedes. Segundo ele, todos os valores que ele gostaria que os funcionários tivessem são trazidos pelo esporte. “Aqueles que já praticaram o esporte têm essas características. É muito difícil mostrar o que é trabalho em equipe para uma pessoa que nunca participou de um esporte coletivo.”

A empresa tem aproximadamente 8 mil funcionários em Joinville e 1.300 em São Paulo. Desse total, 40% freqüentam a associação para alguma finalidade esportiva. No local, são oferecidas 34 modalidades como basquete, vôlei, bocha, handebol, natação, dominó, canastra, truco, general, bolão. “Todas as modalidades que o SESI oferece nós participamos, porque sabemos das dificuldades de participar de competições e que isso serve de estímulo para todos os funcionários”, conclui o coordenador da Associação Atlética Tupy, Jorge Nascimento.

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