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18/02/2011 - 08:33

Compsis: tecnologia aeroespacial disponível para os segmentos de mobilidade, transporte, mineração, petroquímica, energia, entre outros

Empresa participante do Programa Espacial Brasileiro, Compsis utiliza tecnologias e conceitos aeroespaciais para o desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas para os outros setores com foco em sistemas de missão crítica, que vão desde o controle de satélites em órbita até a sistemas de pedágio.

Fundada em 1989, com o foco de negócios voltado 100% para a indústria aeroespacial, a Compsis hoje é uma empresa que atua também em outros segmentos, como o de infraestrutura de transportes (pedágio, automação de rodovias e corredores urbanos), montadoras (sistemas de inspeção da qualidade dos veículos), implantações em veículos (computadores embarcados para monitoramento de desempenho), além de projetos especiais, com a utilização da tecnologia em outros setores que não o de transportes.

A Compsis desenvolve produtos com tecnologia avançada em eletrônica, computação e telecomunicações e atua na convergência destas áreas através de desenvolvimentos de sistemas críticos segundo normas internacionais militares, espaciais, aeronáuticas, automotivas e industriais.

A estratégia para ampliação do mercado na visão da Compsis é expandir para outras indústrias que requeiram aplicações com a mesma base tecnológica, como mineração, petroquímica, energia entre outros.

Atualmente, os sistemas de rodovia representam 65% dos negócios da Compsis (com base nos dados de market share, verifica-se que a empresa é a que tem maior implantação de sistema de pedágios no Brasil), a área de mobilidade 35% e indústria aeroespacial 5%.

Como perspectiva de futuro, a área de mobilidade é a que apresenta um potencial maior de crescimento em função das expectativas dos investimentos em infraestrutura urbana e as consequentes aplicações de soluções que vão além do transporte público, como por exemplo, a coleta de resíduos industriais e domésticos, a gestão de ativos operacionais em grandes obras, em usinas sucroalcoleiras, entre outras.

Com advento da Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, dos R$ 169 bilhões de investimentos anunciados pelo governo em infraestrutura e mobilidade, a Compsis estima que este mercado, somado ao de rodovias, deverá gerar negócios da ordem de R$ 800 milhões.

Segundo o presidente da Compsis, Ailton Queiroga, em rodovias há oportunidades de novas concessões, implantação de Sistemas Inteligentes de Transportes (ITS) e vendas recorrentes da base instalada, através de contratos de manutenção.

Já para a infraestrutura de transportes públicos, serão investidos em obras mais de R$ 11 bilhões com recursos do governo federal e de contrapartida do setor privado apenas para a Copa do Mundo (PAC da Mobilidade Urbana). Segundo dados do Ministério das Cidades, serão 47 projetos de infraestrutura no transporte urbano em 12 cidades-sede, numa primeira fase. Destes, 20 são de Bus Rapid Transit (BRT’s), mercado-alvo para a Compsis.

“Numa estimativa inicial”, argumenta Queiroga “cada projeto BRT poderá gerar oportunidades para nossos produtos na ordem de R$ 20 milhões, totalizando um potencial de R$ 400 milhões em fornecimento e mais cerca de R$ 2 milhões mensais de receitas recorrentes. Para as Olimpíadas, espera-se que os investimentos em infraestrutura continuem, pois os benefícios para a sociedade serão notados”, finaliza o presidente da Compsis.

Atuação internacional, equipe e investimentos em tecnologia- Com atuação internacional em países como Austrália, Índia, Nigéria (sistemas para rodovias), Egito, Equador e Argentina (no nicho de mobilidade automotivo), a Compsis tem em seu histórico concorrências ganhas de empresas européias e americanas desde que passou a atuar no mercado internacional, há dez anos. Atualmente, os negócios com estes mercados representam 20% dos negócios da Compsis.

A Compsis conta com uma equipe de 145 funcionários, sendo 68% com nível superior e, destes, mais de 50% com pós-graduação, mestrado e doutorado. A Compsis também conta com a participação de pesquisadores de instituições de ensino como Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP) em tecnologias desenvolvidas pela empresa, num investimento de 5% do seu faturamento em desenvolvimento para inovação, com alguns projetos apoiados por recursos da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos – do Ministério da Ciência e Tecnologia.

As áreas de atuação da Compsis: sistemas de pedágio e automação de rodovias - A Compsis é a empresa brasileira com maior implantação em pedágios no Brasil, com sistemas instalados em 28% das concessionárias de rodovia no país e tem como carro chefe o sistema para controle e auditoria da arrecadação de tarifas de pedágio. Atualmente, sete empresas competem nesse mercado, sendo que a segunda colocada no ranking tem 16% de participação.

O sistema desenvolvido pela Compsis para pedágio e automação de rodovias é um software de controle de alto desempenho combinado com a inteligência de sistemas especialistas e suporte a decisões, que proporciona flexibilidade nas soluções para a integração dos sistemas de pedágio e de automação para rodovias.

Entre as principais soluções estão o pedágio eletrônico, a análise de tráfego, a pesagem em movimento e a gestão de frota de serviço.

Com 25 mil quilômetros de estradas pedagiadas, sendo 13 mil quilômetros operados por concessionárias privadas, a expectativa da Compsis é que esse mercado continue em ascendência nos próximos anos.

Infraestrutura de transportes e corredores urbanos - Com atuação neste segmento desde 2003, a Compsis desenvolveu, para este segmento, tecnologias de comunicação de dados via GMS/GPRS, com localização georreferenciada por GPS e mapas digitais, identificação de veículos por rádio frequência, guiagem ótica e magnética através de um software de tempo real, com computação embarcada de alto desempenho, telemetria e sistemas ITS (Inteligent transport system) para controle de tráfego e gestão e terminais.

Para se ter uma ideia do benefício gerado pela guiagem automática, com a sua implantação há um aumento operacional dos terminais e paradas da ordem de 20% em função da maior acessibilidade (embarque e desembarque) pela proximidade que o veículo é acostado na parada e na rapidez de manobras. “Se levarmos em conta este dado nas grandes metrópoles, é visível a proporção do benefício que geraria no fluxo acesso de passageiros”, argumenta Queiroga.

Implantação em montadoras- Os sistemas da Compsis foram implantados nas fábricas da General Motors do Brasil, Argentina, Egito e Equador; nas três fábricas da Volkswagen no Brasil (Resende, São Bernardo do Campo e Taubaté); além da MWM, Troller e John Deere.

A Compsis atua neste segmento desde 1991 e atualmente é um mercado avaliado em torno de R$ 50 milhões/ano de vendas de produtos e R$ 2 milhões/ano de receitas recorrentes com contratos de manutenção.

Os produtos da Compsis têm a funcionalidade de servidores de dados, estação de supervisão –onde é possível fazer o ajuste de parâmetros de medição, a definição da sequência dos testes, entre outros –, a emissão de relatórios e estação de engenharia – com a parametrização de itens de testes elétricos – além da estação de teste – componente instalado na linha de produção responsável pela execução em si da sequencia de teste do produto em veículos já acabados, realizando tanto etapas de checagem elétrica quando comunicação com módulos eletrônicos.

Computadores embarcados em veículos - Utilizados tanto para gestão de desempenho em frotas de ônibus, caminhões, no auxílio da gestão de risco de cargas e segurança em localização de bloqueios, como no controle de abastecimento de combustíveis em veículos e equipamentos em obras, esses sistemas são utilizados em mais de 30 empresas, como Camargo Correa, Telemig Celular / Amazônia Celular, Iveco, Votorantim Cimentos, Usina Santa Cruz, entre outras.

Em função da resolução 245 do Denatran, e que torna obrigatório o equipamento antifurto em todos os veículos e motos saídos de fábrica, nacionais, e estrangeiros, a Compsis prevê um aumento bem significativo nos negócios neste segmento. “Ainda não é possível se fazer uma medição adequada por se tratar de um novo mercado a ser explorado por diversas empresas. Mas não temos conhecimento de concorrentes que executem a atividade nos mesmos moldes que a Compsis”, declara Queiroga.

Aeroespacial - A empresa tem participado do Banco de Controle do Veículo Lançador de Satélites, previsto para ser utilizado nas operações do Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) e Campo de Lançamentos da Base de Alcântara do Ministério da Aeronáutica, no Estado do Maranhão, onde também a Compsis participou do projeto do sistema de trajetografia, presente no Sistema Gráfico para a mesa de lançamento do satélite.

Outro nicho explorado pela Compsis são os de pseudo-satélites, transmissores próximos em solo projetados para emitir sinais GPS com o propósito de aumentar a precisão, integridade e disponibilidade dos sistemas. Os pseudo-satélites cumprem a função de dar maior acuracidade de localização de aeronaves ou mesmo de outros veículos e objetos em grandes áreas, com qualidade de sinais e maior aproximação do ponto alvo. Segundo o presidente da Compsis, a cobertura dos pseudo-satélites está limitada a um raio de aproximadamente 100 km. Uma aplicação típica é nas áreas de aeroportos, o que permite às aeronaves maior precisão na aproximação, no pouso e nas decolagens. Outra aplicação seria na área de defesa nacional.

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