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22/02/2011 - 10:01

A inflação tem sono leve

O velho dragão abriu os olhos e a inflação oficial de janeiro atingiu 0,83% num único mês. Basta olhar para o aumento das tarifas de ônibus e do metrô nas grandes cidades e para o valor assustador dos alimentos nos supermercados. A inflação na casa dos 6% ao ano está corroendo a renda do trabalhador e não há solução simples diante da economia aquecida. Algumas premissas dos principais economistas estão colocadas. Ou o governo faz um sério ajuste nas contas públicas ou o Banco Central calibrará um aumento maior dos juros para controlar a inflação.

Como os custos do crédito pessoal estão subindo, a taxa de juros avançou de 39% ao ano na média do final de 2010, para 45% ao ano no início de 2011, entra na ordem do dia o verbo “economizar”. A febre de gastar precisa diminuir e isso passa pela conscientização do consumidor. Será imperativo pesquisar os preços de produtos e serviços em diferentes estabelecimentos, negociar valores, exigir descontos e descartar compras de impulso.

Outra cautela a ser adotada é controlar o nível de endividamento seja ele pessoal e familiar. As prestações, restringidas por medidas prudenciais de crédito, ficarão mais caras. A melhor opção será economizar o dinheiro, investir o capital, acumular e só depois comprar à vista.

Mais um ponto que merece atenção do poupador são os investimentos. A velha caderneta de poupança está perdendo em rendimento para a inflação. Ou seja, o investidor terá que se informar e buscar alternativas para fazer render melhor o seu dinheiro. A partir de R$ 1 mil iniciais, uma opção para diversificar os investimentos será a Bolsa de Valores. E isso exigirá do investidor uma dedicação para se informar sobre as principais companhias brasileiras. O primeiro conceito e o mais importante é o horizonte de longo prazo para investir em ações. Quem colocar dinheiro na Bolsa hoje e sacar amanhã para pagar o cartão de crédito pode perder dinheiro. Em outras palavras, para o investidor fazer render melhor seu capital, é necessário planejar e entender sobre o universo do mercado acionário.

A BM&FBovespa tem se esforçado em incentivar que novos investidores façam cursos de educação financeira diante da carência sobre esse assunto na grade curricular de escolas públicas e particulares. Por intermédio do site do Easynvest é possível realizar um curso gratuito pela internet para que pessoas possam entender mais sobre esse mercado.

Somente com participação da população no esforço de economizar poderemos corrigir a distorção do consumismo e evitar uma dose maior do remédio amargo dos juros altos. Ninguém em sã consciência deseja que o dragão da inflação abra os olhos e espalhe o terror dos preços altos. Que o dragão volte a ficar adormecido por um longo tempo, ou quem sabe, eternamente.

. Por: Amerson Magalhães – Diretor do Easynvest. Graduado em ciências econômicas e pós graduado em finanças. Atua em instituições financeiras há mais de 20 anos e participou da criação do Easynvest, plataforma de negociações pela internet da Título Corretora de Valores.

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