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25/02/2011 - 08:48

O ABCD do melanoma

Dermatologista Marco Antonio de Oliveira alerta para a importância da prevenção do câncer de pele.

Prevenir, prevenir, prevenir. Esse é o recado insistentemente repetido pela classe médica para todos os tipos de enfermidades. No caso do câncer, que é provocado pelo crescimento desordenado de células e a consequente alteração de suas funções, destaca-se o melanoma. As células que vivem numa camada inferior da pele, chamam-se melanócitos e, quando normais, são responsáveis pela produção de um pigmento acastanhado chamado melanina, responsável pele coloração da pele.

O Dr. Marco Antonio de Oliveira, Dermatologista Titular do Departamento de Oncologia Cutânea do A.C. Camargo explica: ”Quando os melanócitos perdem sua função normal por alteração do DNA, surge o melanoma que cresce e invade outros tecidos mas como ele aparece na superfície da pele, pode ser facilmente detectado e tratado. Se crescer, pode alcançar o sangue e vasos linfáticos e espalhar-se pelo corpo (metástase), causando uma doença de difícil tratamento. Por isso é importante estar alerta sempre, absorver as informações necessárias e repassá-las às pessoas com os quais nos relacionamos de longe ou de perto”, garante o especialista que também é membro do Grupo Brasileiro de Melanoma.

Melanoma -Embora as verdadeiras causas do melanoma não estejam totalmente esclarecidas, sabe-se que a exposição solar excessiva na infância, juventude ou vida adulta, promovem seu desenvolvimento com a radiação ultravioleta do sol e dos equipamentos de bronzeamento artificial. Mas o risco também pode ser genético.

Indivíduos de pele clara são mais suscetíveis e tem maiores riscos de desenvolver esse tumor. Pessoas com muitas pintas (nevo melanocítico), também correm riscos e devem ficar atentas. Exames cutâneos periódicos realizados por um dermatologista são fundamentais e o exame de mapeamento corporal com Dermatoscopia Digital também ajuda no diagnóstico.

O melanoma pode ocorrer em qualquer lugar da pele ou das unhas até em lugares não necessariamente expostos ao sol como olhos, membranas, mucosas da boca e genitais ou até órgãos internos. É muito comum no dorso dos homens e pernas de mulheres. Geralmente castanho ou negro, pode aparecer também vermelho, multicolorido ou branco. Surge de um nevo pré-existente ou aparece em uma pele normal. Crescem lentamente, mas se sofrem mudanças e se tornam irregulares podem se tornar suspeitos. Quando aparecer uma mancha na pele é importante respeitar a regra do ABCD.

O ABCD do melanoma - Assimetria: desenhando uma linha imaginária no meio da lesão cada metade deve ser comparada face a face, e suas duas metades devem ter o mesmo tamanho e formato. Melanomas são geralmente assimétricos o que significa que um lado não é igual ao outro. Melanomas podem também ser planos ou aumentados e elevados.

Borda: os limites ou bordas de um melanoma são geralmente irregulares, a borda pode ser granulosa, chanfrada, borrada ou pobremente definida.

Cor: pintas ou nevos melanocíticos benignos (não cancerosos) pode ter qualquer cor, mas um nevo deve ter apenas uma cor: o castanho. Melanomas geralmente variam em tons de cor entre o castanho e negro. Algumas vezes podem ser brancos, vermelhos ou azuis. Freqüentemente tem uma variedade de matizes e cores dentro da mesma lesão.

Diâmetro: enquanto o melanoma é geralmente maior que 6mm, quando diagnosticados, pode ser menor. Pintas com características descritas no ABCD do melanoma, e que cocem ou sangrem (mesmo se for pequeno), devem ser averiguadas por um dermatologista. Além do exame físico, o especialista pode solicitar o mapeamento corporal com dermatoscopia digital.

Como tratar? O melhor tratamento é a detecção precoce. Uma consulta com um dermatologista pode confirmar a lesão suspeita de melanoma. Uma vez confirmado, deve-se realizar a biópsia. Isto envolve anestesia local da área para remover a lesão ou uma porção dela, para que seja examinado microscopicamente, por um médico patologista. Esse procedimento é rápido e simples e realizado no consultório do dermatologista.

O tratamento de um melanoma começa com a remoção cirúrgica da lesão e na sequencia, uma nova cirurgia é realizada para retirar a pele ao redor. Essa remoção é conhecida como “ampliação de margens cirúrgicas”, e confirma a retirada total do tumor. Um melanoma recente, limitado na camada mais superficial (epiderme), é conhecido como melanoma ‘in situ’ e a simples remoção cirúrgica garante normalmente 100% de cura. Se não tratado, o melanoma cresce em profundidade na pele e promove uma situação mais difícil de ser tratado.

O melanoma pode alcançar os vasos sanguíneos e linfáticos se não tratado: exames adicionais e tratamento-Um exame físico completo deve ser feito, assim como exames laboratoriais, técnicas de imagem como raio X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia por emissão de pósitrons e densitometria óssea, caso seja necessário. Uma vez disseminado, tratamentos diferentes são indicados como quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia. Até hoje as vacinas ainda não se mostraram efetivas para o tratamento do melanoma.

Protetor solar sempre - O bom senso exige o uso de protetor solar e reafirma que se deve evitar exposição solar entre 10 e 16 horas, quando o sol é mais forte. Protetores de amplo espectro e que bloqueiem raios UVA e UVB devem ser reaplicados a cada duas a quatro horas. Usar chapéus de abas largas e óculos de sol, assim como roupas protetoras e coloridas também são boas indicações. E o mais importante é evitar o bronzeamento artificial. |www.gbm.org.br.

Dr. Marco Antônio de Oliveira Dermatologista - CREMESP 89308, Membro da: Sociedade Brasileira de dermatologia| Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica | Sociedade Internacional de Dermatoscopia | Sociedade latino-americana de Fotobiologia | Grupo Brasileiro de Melanoma, telefone (55-11) 3255-7599 - [email protected] .

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