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25/02/2011 - 09:38

Ativistas acreditam que Brasil apoiará resolução da ONU sobre direitos humanos no Irã, aponta FGV

Conectas Direitos Humanos e os ativistas iranianos Hadi Ghaemi e Parvin Ardalan participaram de reuniões com autoridades brasileiras.

São Paulo - Conectas Direitos Humanos e os ativistas iranianos, Hadi Ghaemi e Parvin Ardalan, estão otimistas em relação à posição que o Brasil pode assumir na 16ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), que acontecerá entre 28 de fevereiro e 25 de março, em Genebra (Suíça).

Após as reuniões com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, com a embaixadora Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado do Ministério das Relações Exteriores e com a Assessoria Internacional da Secretaria de Direitos Humanos, os ativistas acreditam que o governo brasileiro irá apoiar resolução do CDH que criaria um mandato para um Relator Especial para o Irã. O relator seria responsável por reportar as informações sobre a situação de direitos humanos, além de receber denúncias e cobrar esclarecimentos das autoridades sobre as violações.

“Acreditamos que o Brasil está preocupado com a proteção de direitos humanos no âmbito internacional. O posicionamento do país na ONU é muito importante, porque ele pode influenciar outros países da América Latina a apoiarem o tratamento multilateral de crises de direitos humanos no mundo, incluindo o Irã”, afirma Ghaemi.

“Em 2010, 542 pessoas foram submetidas à pena de morte no Irã e em 2011 já ocorreram 111 execuções. Acreditamos que a criação de um relator especial da ONU, ajudaria a reverter esse quadro, bem como inibiria outros tipos de violações como aquelas cometidas contra as mulheres”, diz Ardalan, uma das criadoras da campanha “1 Milhão de Assinaturas” sobre os direitos das mulheres no país.

Além de se reunir com autoridades brasileiras e parlamentares da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, os ativistas se encontraram com ONGs de direitos humanos, acadêmicos e a Organização dos Advogados do Brasil - OAB-SP.

“Os ativistas iranianos vieram ao Brasil não só para pedir ao governo que apoie a resolução na ONU, mas também para criar pontes de solidariedade em diferentes segmentos da sociedade brasileira com a sociedade iraniana. Pudemos conhecer melhor a alarmante situação e algumas iniciativas concretas surgiram, como a proposta de uma missão de deputados brasileiros para visitar o Irã”, conta Camila Asano, representante da Conectas.

Cabe lembrar que historicamente o Brasil se abstém em resoluções da Assembleia Geral da ONU que condenam violações aos direitos humanos no Irã. O apoio a uma resolução do Conselho de Direitos Humanos seria um sinal positivo da política externa da presidente Dilma.

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