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26/02/2011 - 09:46

Primeira unidade de AVC da rede hospitalar privada é inaugurada no Brasil

O novo centro, instalado no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte, é o primeiro da rede suplementar nível A do Brasil dedicado exclusivamente ao tratamento da doença.

No dia 23 de fevereiro (quarta-feira), o Brasil ganhou o primeiro centro privado dedicado exclusivamente a atender pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC), problema que afeta 250 mil brasileiros a cada ano, segundo dados do Ministério da Saúde. O Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte, inaugura a sua unidade de AVC para tratamento multidisciplinar dos pacientes na fase aguda do AVC.

A Unidade de AVC conta com cinco leitos exclusivos e oferece tratamento por meio de uma equipe altamente capacitada para o atendimento ao AVC e as intervenções necessárias. O tratamento especializado garante monitorização mais rigorosa, menor tempo de internação, diminuição dos riscos de complicação clínica e reabilitação rápida. O serviço funciona dia e noite, com neurologistas de plantão por 24 horas e equipe móvel de emergência treinada para esse atendimento.

A Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares divide os centros de assistência ao AVC em três níveis, de acordo com sua estrutura e potencial terapêutico. Um hospital nível A conta com neurologia 24 horas por dia, equipe multidisciplinar treinada, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética, unidade de AVC e serviço de hemodinâmica, para poder fornecer o melhor tratamento possível ao AVC agudo. O Hospital Vera Cruz é o primeiro centro nível A de atendimento ao AVC de Minas Gerais. Os outros dois centros mineiros que possuem uma unidade de AVC são nível B e da rede pública.

“Antes, não era possível realizar em Minas Gerais um tratamento trombolítico com regularidade em um ambiente de saúde suplementar. Agora, o Vera Cruz ocupa lugar de destaque, sendo o primeiro hospital a alcançar esse resultado”, afirma o Dr. Gustavo Daher, coordenador do serviço de neurologia do hospital. Com o novo tratamento realizado no Vera Cruz, espera-se que o tempo de internação de pacientes com AVC diminua consideravelmente, minimizando ou eliminando totalmente as sequelas.

A nova unidade foi estruturada com base na demanda gerada após a instalação do serviço neuroemergencista no pronto-socorro, que somente no primeiro ano de funcionamento registrou aproximadamente 200 casos de ACV agudo, dos quais 40 passaram pelo tratamento com trombolíticos. O procedimento foi aplicado em 20% dos casos, sendo que a média nacional é de 1%. Dos pacientes submetidos à trombólise, 70% tiveram recuperação total. O trombolítico dissolve o coágulo que leva ao derrame, podendo evitar lesões no cérebro e sequelas graves, como paralisia da fala e do corpo.

O AVC -De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil o AVC é a doença cardiovascular mais comum e a principal causa de morte na população adulta. A cada ano, surgem 250 mil novos casos da doença no País. Destes, 30% dos pacientes morrem e outros 70% apresentam sequelas.

O tipo mais comum de AVC, o isquêmico, ocorre quando há a obstrução do vaso sanguíneo cerebral. O bloqueio da passagem do sangue e do oxigênio para uma área do cérebro ocorre de 10% a 12% em pessoas abaixo de 69 anos e de 23% a 25% nos que têm mais de 70. O reconhecimento dos sintomas do AVC pela população e a capacitação dos hospitais públicos ou privados são fatores determinantes para mudar a história dessa grave doença no Brasil e no mundo.

Estima-se que, do total de pessoas que sofrem um AVC no Brasil, menos de 5% possam contar com o benefício de um tratamento de reperfusão cerebral. Porém esse número pode aumentar com a conscientização da população e com o treinamento dos profissionais da área de saúde, para que os sintomas e sinais da doença sejam adequadamente reconhecidos.

O Protocolo de Tratamento Emergencial ao AVC inclui a administração do medicamento alteplase (rtPA). Trata-se do primeiro e único trombolítico (medicamento que dissolve o coágulo que obstrui a passagem do sangue para o cérebro) aprovado pelas principais diretrizes nacionais e internacionais de tratamento do AVC. Quando administrado no intervalo de zero a quatro horas e meia do início dos sintomas, o medicamento aumenta as chances de uma recuperação completa, sem sequelas como incapacidade de fala, locomoção e distúrbios de memória e raciocínio. Tal característica possibilita a melhora significativa da qualidade de vida daqueles que são acometidos pelo AVCI.

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