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02/03/2011 - 08:34

Log-In atinge receita de R$ 468 milhões em 2010, crescimento de 71% ante 2009


O lucro líquido totalizou R$ 18,3 milhões em 2010, equivalente a lucro líquido por ação em circulação de R$ 0,21, apresentando substancial crescimento que demonstra a rápida capacidade de recuperação dos negócios e resposta às demandas do mercado.

A Companhia alcançou recorde em volumes de contêineres na Navegação Costeira. A Log-In conquistou novos clientes, desenvolveu soluções intermodais, explorou novas rotas e novos mercados, o que se traduziu em volume recorde de contêineres movimentados em todos os segmentos da Navegação – cabotagem, mercosul e feeder, e consequentemente, em ganhos de market share sobre o modal rodoviário.

Maior faturamento de sua história - A Navegação Costeira foi o grande destaque no crescimento de receita da Log-In no ano de 2010, atingindo crescimento de 71%, de R$ 273 milhões em 2009 para R$ 468 milhões. A movimentação de contêineres cresceu cerca de R$ 80 milhões. Em 2010, a Log-In iniciou as operações de um dos maiores contratos dedicados de transporte de granéis na América do Sul, para a movimentação de minério de bauxita para a Alunorte, proporcionando um incremento significativo das receitas da Companhia. O TVV apresentou crescimento em todas as linhas de receitas (movimentação de contêineres, carga geral e serviços acessórios), com destaque especial para o crescimento de 86% na receita obtida com carga geral. Verificou-se redução da participação dos Serviços de Logística nas receitas em 2010, que teve como principal fator a desmobilização da rota ferroviária São Paulo- Bahia.

Ambiente de negócios: cenário de gargalo nos portos brasileiros – De acordo com nota da Log-In, a competitividade das empresas brasileiras tende a ser prejudicada pela inadequada oferta de infraestrutura de transporte e logística existente no País, em especial devido a situação de gargalos nos portos. Os investimentos que vem sendo realizados no setor, essenciais para a movimentação da economia, não conseguem acompanhar a expansão da atividade econômica. Enquanto a economia cresceu cerca de 7,5% em 2010, o aumento na movimentação de contêineres no Brasil foi de pelo menos 40%.

As características geográficas do Brasil e a distribuição de renda entre as regiões brasileiras geram desafios no setor de logística, que ainda é dependente do transporte rodoviário de longa distância. De acordo com o Plano Nacional de Logística e Transportes do Governo Federal, para uma matriz de transporte equilibrada é recomendável que o modal rodoviário responda por 33% e o aquaviário por 29%. Atualmente, esses modais respondem por 58% e 12%, respectivamente. Em 2010, as operações da Log-In foram afetadas pelas condições críticas dos portos brasileiros, próximos ao colapso operacional, e por inúmeros eventos climáticos, como o baixo nível do calado no Rio Amazonas no último trimestre do ano, bem como tufões, ventanias e ondas intensas desde a Argentina até o litoral sul do Brasil.

No que diz respeito aos custos, a Log-In sofreu com o aumento do tempo de espera para atracação de seus navios e com a crescente pressão nos gastos portuários para carga e descarga de contêineres. Para uma empresa como a Log-In, que ainda opera com limitação de ativos de navegação em um mercado onde a oferta de serviços regulares é uma necessidade, o cancelamento de escalas em função da fila de navios em espera para atracação nos portos provoca queda de faturamento e consequentemente, menor utilização da capacidade instalada. Adicionalmente, como a Log-In trabalha com soluções intermodais, as enormes filas de caminhões nos portos e o aumento do frete dos mesmos, causa pressões adicionais nos custos, refletindo-se também em perda de receita. Se os gargalos dos portos brasileiros não fosse tão marcante, a Companhia poderia oferecer serviços de Navegação Costeira com maior regularidade, avançando ainda mais sua competitividade frente ao modal rodoviário. Esta situação pode ser vista por dois prismas: o primeiro como sendo um impeditivo para um crescimento econômico mais intenso e sustentável do País.

Por outro lado, na visão da Log-In, lê-se como um potencial muito grande para captura de ganhos, conquista de novos clientes e negócios à medida que estes gargalos forem sendo superados. Em 2011, o crescimento econômico deve se manter e as perspectivas para a economia nacional seguem positivas, tanto pelo aumento no consumo das famílias, quanto pelo fluxo estimado de investimentos diretos e expectativa de maior atividade nas áreas de mercado de capitais. Espera-se maior desenvolvimento do mercado consumidor nas regiões Norte e Nordeste do País com a consequente necessidade de movimentação de cargas industrializadas para estas regiões.

Cabotagem: Log-In segue conquistando espaço em mercado com amplo potencial de crescimento - A adoção de modais mais eficientes para longas distâncias por parte dos embarcadores de carga é de importância fundamental para a transformação da atual matriz de transporte no País. Considerando as dimensões continentais do Brasil, para distâncias superiores a 1.500 quilômetros, o modal de transporte mais eficiente é a navegação costeira, sendo os benefícios advindos da sua adoção substanciais para o desenvolvimento do País. Adicionalmente, há uma crescente tendência do processo de conteinerização de cargas, onde a padronização no acondicionamento de produtos se traduz em menores custos envolvidos na sua movimentação.

Um dos desafios da Log-In é migrar o transporte de mercadorias por longa distância do modal rodoviário para modais mais eficientes, que possuem maior confiabilidade e menores índices de avarias e roubos, mas isto depende, entre outros fatores, de uma mudança no planejamento logístico das empresas que atuam no Brasil.

Em 2010, foram movimentadas pelas rodovias brasileiras cerca de 1,2 bilhão de toneladas de diversos tipos de cargas. Excluindo desse volume a movimentação de granéis, os fluxos de cargas intra-estaduais e entre estados não competitivos para o modal marítimo, 36 milhões de toneladas de cargas com escopo para cabotagem foram movimentadas durante o ano por caminhões. Isto corresponde a cerca de 2,2 milhões de TEUs.

Se deste universo ainda forem desconsideradas as cargas que estão distantes dos portos, as pequenas empresas que não tem regularidade em seus embarques e o mercado de cargas fracionadas, o mercado potencial para cabotagem não atendido por este modal em 2010 correspondia a 1,2 milhão de TEUs. Estima-se que as empresas que fazem cabotagem no Brasil movimentaram 348 mil TEUs em 2010, portanto, 23% do mercado total potencial para cabotagem do País. Isto indica que há um grande mercado, de cerca de três vezes o atual, ainda não atendido, ou melhor, ainda não desenvolvido, que apresenta possibilidades de captura de participação de mercado sobre o modal rodoviário.

Execução da estratégia da Log-In: Plano de Investimentos em Navegação segue cronograma, capturando oportunidades estratégicas em seu processo de construção A missão da Log-In é “Desenvolver e implementar soluções inovadoras de logística, suportadas pela maior malha intermodal da América do Sul, contribuindo para uma matriz de transporte eficiente e sustentável”. Dessa forma, a Companhia segue com a execução de seu plano de investimentos de R$ 1,3 bilhão iniciado em 2007, onde o principal pilar é a navegação de cabotagem, um mercado com intenso potencial de crescimento nos anos vindouros.

Em paralelo ao desenvolvimento do Plano de Investimentos, a Administração da Companhia permanece atenta às oportunidades de captura de valor neste período de transição, avaliando sistematicamente seu modelo operacional e buscando alternativas que fortaleçam sua posição competitiva, inclusive a otimização da base de custos.

Nesse sentido, 2010 foi o ano de início de ajustes nas operações de contêineres da Navegação Costeira. Ainda operando com navios de menor porte, parte deles afretados, a Log-In buscou novas alternativas com vistas ao fortalecimento da sua presença em mercados estratégicos, como Manaus, e em regiões de maior crescimento de fluxo de cargas no País (regiões Nordeste e Norte), com ênfase na exploração de rotas de longo percurso (maximizando a movimentação de cargas entre as áreas de produção industrial e as áreas de consumo). Como parte de um forte e rápido movimento de mercado, no quarto trimestre foi iniciado um acordo de operação compartilhada (vessel sharing agreement - VSA) para atendimento regular ao mercado de Manaus, no qual a Log-In emprega um de seus navios. Para manter a regularidade do Serviço Atlântico Sul, a Companhia afretou no final de 2010 o navio Santa Giulietta.

Outros ajustes operacionais estão programados para 2011. Ao longo do primeiro semestre o navio Log-In Jacarandá entrará em operação e no semestre seguinte, será a vez do navio Log-In Jatobá.

O Log-In Jacarandá está em fase final de provas de cais e em preparação para as provas de mar. O Log-In Jatobá está em fase de instalação de equipamentos e de acabamentos internos. Essas embarcações são os maiores e mais eficientes navios porta-contêiner já construídos no Brasil e permitirão a cada viagem retirar das estradas brasileiras cerca de 2.800 caminhões, contribuindo para a redução das emissões de CO2 no meio ambiente. Com a entrada em operação das novas embarcações, está programada a devolução de dois navios afretados ao longo de 2011.

A Log-In acredita que a transição dos ativos alocados na movimentação de contêineres irá proporcionar aumento de capacidade e evolução na sua participação de mercado. Ainda assim, é importante ressaltar que essa fase se traduz em sobreposição de alguns custos e gastos e um período de adequação operacional, cuja captura de benefícios deverá se refletir a partir de 2012.

Novos mercados e projetos estratégicos - A partir de janeiro de 2010, a Log-In iniciou as operações de um dos maiores contratos dedicados de transporte de granéis na América do Sul, para a movimentação de minério de bauxita para a Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A. Esse contrato será inicialmente atendido com embarcações afretadas até a entrega de dois navios graneleiros próprios que estão em construção no estaleiro Ilha S.A. – EISA. A construção destes dois navios também segue o cronograma determinado. Com a entrada em operação das novas embarcações graneleiras, maiores e mais eficientes, prevista para meados de 2012, a execução deste contrato terá uma nova base de custos, permitindo expressiva captura de valor. O contrato com a Alunorte é parte da estratégia da Log-In em desenvolver soluções especializadas para logística de cargas na cabotagem brasileira, mediante contratos de longo prazo.

Integração intermodal e sinergias - Vislumbrando a maximização de sinergias e integração de seus ativos, a Log-In vem construindo bases para dar suporte ao crescimento da Navegação Costeira e promover a integração entre os modais utilizados no desenvolvimento de soluções logísticas para os seus clientes.

No Terminal Intermodal de Paulínia, em São Paulo, as obras de expansão tiveram início na primeira semana de janeiro e englobarão pátio de contêineres e arruamentos internos, pátio de cargas gerais, portaria, áreas de apoio e oficinas de manutenção. As operações neste Terminal permitirão captura de cargas com origem/destino ao porto de Santos, integração com a rota ferroviária São Paulo – Centro-Oeste e com o PSC – Porto Seco do Cerrado, podendo ainda ser utilizado como depot de contêineres para a Navegação Costeira. Os investimentos da Log-In em Paulínia estão estimados em cerca de R$ 20 milhões e a conclusão das obras, prevista para o último trimestre de 2011.

Outra iniciativa para captura de oportunidades e sinergias com a Navegação Costeira se materializa através da conquista via modelo de licitação para execução de serviço de transporte e logística para a Dow Brasil S.A. - PBBpolisur S.A. (Dow Química Argentina). O serviço compreende a cadeia integrada de logística de plásticos da PBBpolisur e terá início no primeiro semestre de 2011, envolvendo a planta em Bahía Blanca, Argentina, as operações dos sites de distribuição de Buenos Aires, também na Argentina, e Santa Catarina, no Brasil (aliando intermodalidade e Navegação Costeira).

Navegação Costeira - O bom desempenho macroeconômico verificado no Brasil durante o ano, aliado à necessidade da redução da dependência do transporte rodoviário na movimentação de cargas por médias e longas distâncias, contribuiu para os resultados obtidos pela Log-In.

Sendo o Brasil um país com dimensões continentais, o transporte marítimo pela costa mostrou-se eficiente para grandes volumes e factível para menores volumes de alto valor agregado. Apesar das condições portuárias e climáticas terem prejudicado a captura de valor da Log-In, a Companhia conseguiu apurar o melhor resultado operacional desde sua criação com destaque especial para o quarto trimestre do ano e para o mês de dezembro, que tradicionalmente caracteriza-se pela desaceleração das indústrias na segunda quinzena, motivadas em grande parte por férias coletivas. No segmento de cabotagem, foram movimentados 68.090 TEUs, um recorde na história da Log-In.

A evolução na movimentação dessas cargas, 20% acima do volume realizado em 2009, reflete também a intensificação da estratégia de atendimento ao mercado de Manaus, Amazonas, que culminou com o início do acordo de operação compartilhada, VSA, a partir do 4T10 e que tende a prover a Companhia maior acesso ao estratégico mercado de Manaus. As expectativas para a economia nos próximos anos continuam favoráveis, devendo se refletir numa maior demanda por movimentação de cargas industrializadas.

As cargas de Mercosul refletem maiores volumes transportados nos segmentos de linha branca, alimentos e petroquímico, além de crescimento na movimentação entre os portos do Nordeste do Brasil e a Argentina. O incremento nos fluxos entre o Brasil e a Argentina também colaborou para o melhor resultado obtido no Mercosul.

A evolução na corrente de comércio exterior, aliado à desvalorização cambial do Dólar frente ao Real, contribuiu para incrementar a demanda no Brasil por produtos importados, o que proporcionou oportunidades junto a armadores internacionais capturadas pela Log-In no segmento feeder, onde foi movimentado mais que o dobro do ano anterior.

Em janeiro de 2010, a Companhia iniciou o serviço dedicado de movimentação de minério de bauxita para a Alunorte e o volume transportado no ano totalizou 4,6 milhões de toneladas. Conforme os termos contratuais, durante o período de construção dos navios próprios, são utilizadas embarcações afretadas, o que afeta as margens auferidas. A partir do segundo semestre de 2012, com a utilização de embarcações próprias, haverá melhoria de rentabilidade.

As operações de Navegação Costeira renderam receita operacional bruta de R$ 468,4 milhões, 71,7% acima da auferida em 2009. As receitas obtidas com as operações nos segmentos de cabotagem e de Mercosul refletem melhores tarifas praticadas pela Log-In. Por outro lado, a desvalorização cambial do Dólar frente ao Real entre 2010 e 2009 impactou negativamente as receitas oriundas dos segmentos de Mercosul e de feeder.

Já os custos dos serviços prestados na Navegação Costeira apresentaram aumento de 57% sobre os gastos em 2009, refletindo as alterações no modelo operacional de transporte de contêineres realizadas ao longo de 2010 e o início das operações de movimentação de bauxita a granel. Maiores volumes movimentados de contêineres e maiores preços médios de aquisição de bunker também impactaram os gastos no ano.

Os fatores acima indicados, aliados a uma disciplina operacional em processo de amadurecimento contribuíram para que se alcançasse ebitda de R$ 46,4 milhões, com margem ebitda de 11,1%, o melhor resultado da Navegação Costeira na história da Log-In.

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