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04/03/2011 - 11:34

Uma década propícia ao desenvolvimento

Em 2011, sem dúvida, o Brasil está pronto para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento sustentado. O êxito nessa conquista, porém, está condicionado à sua transformação em um país efetivamente competitivo no mundo globalizado, no qual a concorrência é cada vez mais acirrada. Nesse sentido, a indústria defende a realização das reformas estruturais do marco legal, que vêm sendo postergadas há décadas, vitimadas pelo corporativismo e o fisiologismo.

A reforma tributária é a prioridade. Seu propósito deve ser a desoneração dos investimentos e exportações, a simplificação e a redução da burocracia do sistema. No âmbito da reforma fiscal e da previdência, três são os objetivos: eficiência do Estado e melhoria de sua gestão; aumento da poupança pública; e a sustentabilidade do sistema previdenciário. A agenda a ser cumprida explicita quatro pilares fundamentais: imposição de limites à expansão dos gastos correntes; a revisão do sistema de vinculação de despesas; a implantação de critérios de eficiência aos programas governamentais; e a adoção de benefícios da previdência compatíveis com a estrutura etária da população.

Na reforma trabalhista, as metas principais são garantir proteção ao trabalhador e ao emprego, ampliar a competitividade do sistema produtivo nacional e, assim, elevar a geração de emprego. Por fim, a reforma política é essencial diante da constatação de que a qualidade da governança e do sistema de decisões no setor estatal é decisiva para o adequado funcionamento da economia e da sociedade.

Por outro lado, o governo deve valorizar mais o parque industrial, pois o setor tem grande importância na geração de empregos, pesquisa e inovação, composição do PIB e inclusão de itens de alto valor agregado à pauta de exportações. A crescente internacionalização das empresas contribui para acelerar a captação de novas tecnologias, aumentar as economias de escala, facilitar o acesso a recursos naturais e desenvolver novas competências. É preciso considerar todos esses aspectos.

Em sintonia com os desafios nacionais e, ao mesmo tempo, focado na conjuntura regional, o empresariado acreano mobilizou-se, nas eleições de 2010, engajando-se de modo proativo no processo de desenvolvimento do Estado e do País. Esta ação está consubstanciada na Agenda Executiva do Acre, que identifica os principais gargalos a serem enfrentados e aponta estratégias e caminhos alternativos para o governo.

O Estado avançou muito em questões relevantes, com investimentos que estruturaram e prepararam sua economia para o crescimento. A qualidade das instituições melhorou, o acesso e o valor atribuído à educação aumentaram. No entanto, o setor produtivo tem ressalvas, cujo equacionamento é viável e deve estar no foco dos governantes e parlamentares. Dentre os principais temas locais, destacam-se o estabelecimento de um canal permanente de comunicação com a indústria, a internalização da importância do setor produtivo nas diversas esferas do Executivo e do Legislativo, inovação, educação e comércio internacional.

A participação das instituições classistas, como tem feito a entidade representativa da indústria acreana, e de toda a sociedade, intercedendo positivamente na agenda do Estado e do País, é muito importante com vistas ao fomento da competitividade nacional. Temos plenas condições de concretizar, na nova década que se inicia, o propósito de converter o Brasil na quinta maior economia, com desenvolvimento e justiça social.

. Por: João Francisco Salomão, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre — FIEAC ([email protected]).

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