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05/03/2011 - 06:54

Deloitte divulga estudo sobre a mulher no universo corporativo

São Paulo - As esferas governamentais e as organizações privadas devem investir no desenvolvimento de mulheres como trabalhadoras, já que elas representam figuras importantes para o crescimento econômico dos países e para as empresas. A integração plena das mulheres ao mercado de trabalho deve melhorar os negócios, aumentar as vendas e expandir mercados. Essa é a conclusão do estudo “The Gender Dividend: Making the Business Case for Investing in Women”, da Deloitte, no qual é possível constatar que as mulheres ganham mais espaço nas empresas, não apenas como força de trabalho, mas como consumidoras em potencial.

A análise da Deloitte mostra que as empresas de capital aberto da Europa, que contam com a presença feminina na direção ou no conselho, tiveram retorno superior a 10% sobre o capital, se comparadas com aquelas com a menor porcentagem de mulheres na liderança.

As mulheres também desempenham um papel significativo na economia com mercado consumidor crescente. Nos EUA, elas controlam aproximadamente 20 trilhões de dólares de gastos totais dos consumidores e influenciam até 80% das decisões de compra. E ainda são responsáveis pela aquisição de cerca de 50% de bens como carros e computadores.

Contudo, o poder aquisitivo das mulheres está crescendo ainda mais rápido nos países em desenvolvimento, onde a renda gerada pelo trabalho cresceu a uma taxa de 8,1%, comparada à taxa de 5,8% para os homens. Na Arábia Saudita, as mulheres possuem cerca de 40% da riqueza proveniente das empresas privadas.

Na América Latina, as mulheres no mercado de trabalho ajudaram a reduzir a taxa de pobreza das famílias para 26%. Em 2007, o número chegava a 40%. Na Europa, elas compõem 45% da força de trabalho e mais da metade são graduadas. Entretanto, as mulheres ocupam apenas 11% dos cargos de executivos de empresas.

A previsão é que as mulheres estejam, cada vez mais, presentes no mercado de trabalho. Com o envelhecimento da população, ou seja, a aposentadoria de inúmeros funcionários e a escassez de trabalhadores qualificados, as economias devem recorrer a todos os recursos para investir em novos talentos. E como as mulheres representam quase metade da população economicamente ativa em muitas regiões do mundo, as políticas e investimentos voltados para a promoção das mulheres será crucial em uma economia global dependente dos ativos intangíveis de pessoas, marca e propriedade intelectual.

Um movimento curioso detectado pelo levantamento diz que as mulheres que possuem um nível escolar superior ao dos homens se deslocam de seu país de origem em busca de maiores oportunidades. Países e empresas que perdem as mulheres instruídas sofrem uma perda dupla que é: perder um trabalhador qualificado e um modelo e mentor em potencial.

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, entre as mais de 1 milhão de mulheres desocupadas e procurando por trabalho, 8,1% tinha nível superior. Houve aumento na escolaridade dessas mulheres, visto que, em 2003, em média, 5% tinham nível superior. Esse crescimento resulta do aumento da escolaridade de uma forma geral.

O caminho das mulheres no mercado de trabalho é intenso e elas seguem em busca de igualdade com o sexo masculino. Entretanto, apenas 3% de 1.000 empresas multinacionais têm CEOs do sexo feminino. No setor público, apenas 8% dos membros das Nações Unidas têm mulheres chefes de estado.

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