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05/03/2011 - 06:54

Empresas brasileiras participam de reunião do Pacto Global em Nova York

E visitam corporações com programas de igualdade de gênero, e com 144 adesões de grandes marcas de diferentes segmentos do mercado global, regional e local, os Princípios contam com a participação de 32 empresas brasileiras que tiveram um faturamento de US$ 56 bilhões em 2010.

Brasília - Valorizar o trabalho das mulheres na construção dos resultados das empresas e incorporar a igualdade de gênero na política organizacional. Esses são os temas da reunião de aniversário de um ano dos Princípios de Empoderamento das Mulheres – Igualdade significa Negócios, que acontece nos dias 9 e 10 de março, em Nova York. O encontro será inaugurado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e terá mensagem de vídeo da diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Com 144 adesões de grandes marcas de diferentes segmentos do mercado global, regional e local, os Princípios contam com a participação de 32 empresas brasileiras que tiveram um faturamento de US$ 56 bilhões em 2010. Segundo o ranking de adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, 26% das empresas são espanholas, 23% brasileiras e 13% japonesas.

“O Brasil ocupa um papel estratégico na economia mundial e as empresas brasileiras são vetores da mudança cultural e estrutural, que tem o potencial para beneficiar toda a sociedade”, avalia Rebecca Tavares, representante da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. Segundo ela, “a equidade é essencial, não só por uma questão de justiça, mas também porque aumenta a produtividade que, por sua vez, gera lucro e desenvolvimento da nação”, completa.

A delegação brasileira está formada pelo corpo executivo e gerencial das seguintes empresas: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras, Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras – Eletronorte, Eletrobras Eletronuclear, Fersol Indústria e Comércio S.A, Furnas, INCCATI Sistemas Ltda, Itaipu Binacional, Lojas Renner S.A, Microlife Informática de Franca Ltda, Natusfran, Petrobras e Serpro. Grande parte do grupo são mulheres executivas, tais como Margaret Groff, primeira diretora financeira da Itaipu Binacional e eleita pela Gazeta Mercantil, em 2007, a mulher mais influente do Brasil na categoria Economia e Finanças; e Tereza Rozendo Pinto, gerente de Responsabilidade Social do Sistema Eletrobras, composto por 15 empresas.

“A Petrobras tem tido grande sucesso no aumento da participação feminina, tanto na composição da nova força de trabalho como na distribuição dessa força de trabalho ao longo da cadeia e da estrutura hierárquica da Companhia. Estamos sinalizando muito claramente nosso compromisso de continuar nessa direção”, afirma o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

Investimento em mulheres: boas práticas- Além da participação na reunião do Pacto Global das Nações Unidas, a delegação brasileira vai conhecer as boas práticas dos programas de diversidade e de igualdade de oportunidades desenvolvidos, nos Estados Unidos, pelas empresas Pfizer, Major League Baseball, Morgan Stanley, Goldman Sachs Group e Deloitte LP. O grupo também será recebido pela Catalyst, organização líder em pesquisas e consultorias sobre o empoderamento das mulheres no mercado de trabalho, e da Foundation Center, que possui o maior banco de dados e informações sobre filantropia e investimento social.

De acordo com o Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil de 2010, traçado pelo Instituto Ethos, as mulheres ocupam somente 11% dos postos executivos. Apesar de serem a metade da força de trabalho no Brasil, o salário médio delas é 60% do salário médio do homem. Para as mulheres negras, a situação é bem mais grave. O salário médio delas é somente a terceira parte do salário do homem branco.

Para a ministra da Mulher, Iriny Lopes, a autonomia econômica é uma questão central para o empoderamento das mulheres. “Só conseguiremos reduzir as desigualdades no campo do emprego e renda com a formalização do trabalho”. Ela destaca o trabalho das mulheres na construção de soluções. “Quando estive em Nova York, representando o Brasil na CSW, pude observar que as desigualdades persistem em muitos países. No Brasil, nos últimos anos, foram estabelecidas muitas ações, boa parte pautadas pelas duas conferências de mulheres”, aponta a ministra Iriny Lopes.

Negócios fortes, mulheres com oportunidades-A reunião “Igualdade Significa Negócios Colocando os Princípios em Prática” será aberta na quarta-feira (9/3), no Levin Intitute. A primeira mesa-redonda “Avanço para as Mulheres, Avanço para os Negócios, Avanço para os Direitos – Liderando o Caminho” terá a participação de 12 empresas, quatro delas brasileiras: Banco do Brasil, Eletrobras Eletronorte, Fersol Indústria e Comércio S.A e Microlife Informática de Franca Ltda. Haverá uma troca de experiências relacionadas aos esforços das empresas para promover a igualdade de gênero. O debate terá moderação do Diretor Executivo do Pacto Global das Nações Unidas, George Kell.

O segundo painel do evento “Avanço das Mulheres no Espaço de Trabalho, Mercado de Trabalho e Comunidade” terá a participação de três empresas estadunidenses, uma indiana e outra brasileira, a Caixa Econômica Federal. Estarão em discussão as decisões e as ações necessárias para alinhar o comprometimento das empresas com os Princípios de Empoderamento das Mulheres.

Experiências brasileiras- Na segunda mesa da tarde de 9 de março, as empresas brasileiras ganham mais destaque na programação. O painel “Envolver parceiros, construindo coalizações” terá a participação da representante da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, Rebecca Tavares, e das empresas públicas Eletrobras, Itaipu e Petrobras.

Na manhã de 10 de março (quinta-feira), as empresas brasileiras retomam a participação no Workshop para “Aumento da Efetividade dos Princípios de Empoderamento das Mulheres”. O Banco do Brasil vai compor a mesa com as empresas Endesa (Espanha), Novartis Institutes for BioMedical Research, Inc (Suíça) e MAS Holdings (Sri Lanka). No segundo tema do workshop “Comunicação de Impacto: Relatórios Pioneiros” serão apresentadas as ferramentas para monitoramento, avaliação e produção de relatórios dos resultados. O tema será conduzido pelo Sepro, pela equipe do Pacto Global e pelo San Francisco Department on the Status of Women (Estados Unidos).

Sete Princípios de Empoderamento das Mulheres:1. liderança promove a igualdade de gênero 2. igualdade de oportunidades, inclusão e não-discriminação | 3. saúde, segurança e fim da violência 4. educação e treinamento | 5. desenvolvimento empresarial e práticas de cadeia de suprimentos e marketing | 6. liderança comunitária e engajamento | 7. transparência, mensuração e relatório. [www.unifem.org.br | http://twitter.com/onumujeres].

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