Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

21/07/2007 - 09:35

Um novo horizonte, uma ilusão do mundo, a arte da imaginação....


Ficções, de Regina Silveira, propõe essa viagem, a partir de 27 de julho no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha (ES). Mostra da artista com intervenções criadas especialmente para dialogar com o espaço.

Primeiro, a contemplação. O ver o mundo do alto, o Cosmos abaixo do chão. Depois, um túnel celeste: o céu em toda a parte, envolvente e presente em cada ângulo do olhar. Por fim, uma nova perspectiva de fazer parte do tempo. Dias e noites que se alternam, nascendo e desaparecendo, envolvendo os sentidos com luz e transparência. Um novo horizonte, uma ilusão do mundo, a arte da imaginação. Ficções, de Regina Silveira, propõe essa viagem, a partir de 26 de julho no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha - ES.

A exposição é composta por três obras principais - intervenções específicas - Mirante, Entrecéu e Mil e um dias, que foram concebidas especialmente para ocupar diferentes espaços do museu, uma característica da artista que tem o poder de (re)inventar a imaginação a cada novo trabalho, fazendo leituras inéditas do espaço e da arquitetura com singulares desconstruções estéticas. Além destes três trabalhos, a mostra contará com uma sala complementar com maquetes e desenhos de outros trabalhos significativos da artista. Produzida pela Automática Produção Contemporânea, Ficções é uma realização da Fundação Vale do Rio Doce, com o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce. A curadoria é de Adolfo Montejo Navas.

As obras 0 A primeira passagem da exposição é Mirante, um poço negro numa sala escura onde está contido o cosmos. Uma esfera abaixo do chão, iluminada por um feixe de luz, sobre a qual o observador se debruça e vê o planeta do alto, em movimento, promovendo um olhar contemplativo e instigante. Uma proposta intimista que exige um olhar sozinho, individual.

No segundo momento, tudo é luz: o observador se vê dentro da obra em Entrecéu. É abraçado por um gigantesco túnel celeste, amplo e coletivo, que toma conta da nave principal do galpão de exposições. Do teto ao chão. Entrecéu se apropria da arquitetura do museu, criando uma situação poética de imagens paradoxais que mostram a força do tempo presente. É impossível não estar ali, dentro dele.

A terceira passagem, Mil e um dias, leva o observador novamente a olhar o tempo, a voltar atrás, a seguir adiante, a ver sob uma outra perspectiva... Na parede do fundo da sala, a partir do centro de uma porta falsa, idêntica à porta de entrada do Mirante, uma projeção de quatro minutos alterna imagens de dias e noites. A luminosidade do dia sai da porta e inunda a parede lateral; a noite some, tragada pela mesma porta. E volta o dia. Com ele, sons de vento, de crianças; com a noite, o barulho dos grilos.

Na opinião do curador, Ficções fala da ordem cosmológica a que estamos incluídos. – “Ninguém é alheio” – diz Montejo Navas. – “A mostra está intimamente relacionada também ao tempo, ao movimento, ao estar perto e distante das coisas” – sentencia. Há interrogações de natureza cognitiva e espiritual. Ele explica que Ficções fecha uma trilogia que Regina Silveira iniciou com duas outras exposições, Claraluz (CCBB - São Paulo, 2003) e Lumen, (Palácio de Cristal - Madri, 2005), cujas obras (site specific) se vinculam à arquitetura do espaço e à nova importância que tem a luz como núcleo poético de seu trabalho.

As maquetes - Seis maquetes completam Ficções, no segundo andar do edifício sede do museu: Todas las Noches, Desapariencia, Gol Supersônico, Duplo, Paving the Way e Lumen. Os trabalhos – espécie de poemas-objeto que incorporam às suas propriedades físicas toda a poética da artista, mostrando os diversos cenários das situações que ela levanta – estão em perfeita sintonia com Mirante, Entrecéu e Mil e um dias. Correspondem a intervenções poéticas de Regina ao trabalhar a arquitetura dos espaços, dando-lhes vida própria como site specific ou obras públicas. Das seis maquetes, três revelam trabalhos que não se realizaram, mas que mantém a sua identidade artística da mesma forma que os outros três projetos realizados. A mostra inclui também desenhos/estudos da artista. * Foto legenda: Mil e um dias, 2007 (projeção, madeira e tinta) 100m2. Produção do vídeo: André Costa, edição e videografismo: Matias Lancetti

A mostra Ficções, de 27 de julho a 27 de setembro,de terça a domingo, das 10h às 18h,e às sextas, das 12h às 20h, no Museu Vale do Rio Doce, Antiga Estação Pedro Nolasco s/n – Argolas, Vila Velha (ES) – Brasil. Telefone: (55 27) 3333-2484. | Por: Eduardo Verderame

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira