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21/07/2007 - 09:54

O Santo de casa e o capital intelectual


O avanço tecnológico do século XXI tem encurtado distâncias, aproximando nações e, de certa forma, tornou menor o nosso planeta. O Brasil, desde seu descobrimento, esteve na dependência do capital econômico dos países mais desenvolvidos.

Queremos ser os primeiros no futebol e em outros esportes, queremos ser o “país do Carnaval”, das belas mulheres e dos craques, mas nossos indicadores nos mostram uma triste realidade, somos o país do desperdício: de recursos financeiros e de capital intelectual. Faltam-nos investidores que realmente acreditem no potencial brasileiro.

É bem sabido que o capital intelectual, apesar de sua relação de interdependência, supera em muito o capital econômico. Todo conhecimento adquirido e toda captação de informações, seja por meio de estudos ou pela observação, para tornar-se vantagem competitiva, precisa ser transformado por meio de nossas habilidades pessoais em gerador de bens e serviços, diferentes e inovadores, capazes de trazer benefícios reais à sociedade.

Quando às crescentes exigências do mundo globalizado requerem um novo tipo de raciocínio lógico para gerar vantagens competitivas, pensar globalmente e agir localmente já não fazem tanto sentido. Além de pensar, observar e analisar o mundo como um todo, nós, brasileiros, temos que colocar de lado nossos pudores terceiro-mundistas e inovar. Passar a realizar projetos para o mundo inteiro. Temos competência e qualidade para isso, basta confiarmos em nosso empreendedorismo e nos empenharmos na solução dos desafios de nosso dia-a-dia, sem deixar-se abater pelo tão conhecido “custo Brasil”.

É fato que todo jovem brasileiro sonha, ao terminar seus estudos, conquistar um bom emprego numa empresa multinacional, enquanto todo jovem americano sonha fundar uma empresa multinacional. Será que deveremos concordar para sempre com tal afirmação?

A cada ano, formamos centenas de doutores nas universidades e temos ajudado a carimbar seus passaportes em busca de oportunidades no estrangeiro. Por que não reter esse capital intelectual dentro de casa? Não basta ter conhecimento se não soubermos como usá-lo. Temos que entender o capital intelectual como a mais nova fonte de recursos do Brasil.

Com o mercado global cada vez mais exigente, companhias do mundo todo vêm sentindo a necessidade de investir em capital humano qualificado, acrescentando valor ao conhecimento para moldar um perfil globalizado que atenda além de suas fronteiras.

Ao Brasil, no entanto, faltam três fatores fundamentais: valorizar mais o próprio capital intelectual, ver-se inserido na realidade concreta da globalização e investir mais em novos empreendimentos, assim como fazem os Estados Unidos aos seus compatriotas americanos. Aí reside, na postura dos investidores, a diferença entre ser uma potência mundial ou ser eternamente o "país do futuro".

A valorização de nosso capital humano faz parte de um processo cultural necessário e de fundamental importância para participarmos da competitividade global. Temos condições, hoje, de nos tornarmos um centro de excelência mundial.

Precisamos urgentemente superar o medo de ousar e reconhecer uma chance de sucesso quando estivermos de cara com ela. Estamos num mercado de acelerada transformação, temos que acreditar mais nos nossos "santos de casa", ou seja, em nosso próprio capital intelectual nacional, para assim conseguirmos realizar “muitos milagres”.

. Por: Eduardo Favaretto, fundador do iBUSCAS - gestor de aplicações e recursos on-line via web (www.ibuscas.com.br), e especialista em Tecnologia da Informação e Internet. (e-mail:[email protected]).

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