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12/03/2011 - 06:41

Alta da inadimplência frente a 2010 acende sinal amarelo para comércio, diz CNDL

A inadimplência registrada em fevereiro apresentou redução de 4,99% em relação a janeiro, de acordo com levantamento apresentado hoje pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A queda na quantidade de registros de devedores no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é reflexo do aumento da população empregada – com renda garantida, as pessoas têm melhores condições de quitar as dívidas. Além disso, fevereiro teve três dias a menos que janeiro, o que afeta o desempenho do comércio no mês.

Em relação a fevereiro de 2010, a inadimplência teve alta de 10,23%. Parte desse acréscimo teve origem nas compras de Natal. As parcelas dos produtos comprados em dezembro começaram a ser cobradas em janeiro. Quem não conseguiu arcar com a dívida pode ter tido o nome registrado em fevereiro, aumentando as estatísticas deste mês.

De acordo com o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o aumento no comparativo entre fevereiro de 2010 e 2011 significa alerta amarelo para o comércio. “O varejo deve iniciar melhorias na concessão de crédito, aumentar as exigências”, explicou o presidente.

O número de consultas realizadas junto ao SPC Brasil para compras a prazo e cheque sofreu queda de 0,79% de janeiro para fevereiro. Se comparado a fevereiro de 2010, o total de consultas subiu 6,44%. “Tivemos férias e a chegada do Carnaval. As pessoas preferiram ficar com dinheiro no bolso e comprar a prazo. É um fator relevante no aumento das consultas”, comentou Pellizzaro.

A criação de 152 mil empregos formais ajudou a elevar a demanda e aumentar as vendas. A proximidade do início do ano letivo foi outro incentivo. “O fator volta às aulas é extremamente significativo nesse período porque o volume de negócios é muito grande. O faturamento dessa época chega a 60% do total do ano em papelarias”, ressaltou Pellizzaro. A maioria das consultas se deu para compras em uma só parcela (84%) e duas parcelas (6,62%).

Entre janeiro e fevereiro deste ano, houve redução de 12,41% na quantidade de pessoas que regularizaram os débitos no SPC Brasil. Um dos motivos para a queda é o acúmulo de despesas no início do ano. Gastos com IPTU, IPVA, matrícula e material escolar comprometem a renda de muitas famílias, que não conseguem honrar todas as dívidas. A maior parte dos cancelamentos (26,17%) é de pessoas entre 30 e 39 anos.

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