Sob Lula, cooperativas de crédito ganham 1 milhão de pessoas

Segundo estudo do Banco Central, número de cooperados cresceu mais de 52% entre 2003 e 2006.

Estudo divulgado pelo Banco Central na segunda semana de junho mostrou que, entre 2003 e 2006, 1 milhão de brasileiros se associaram a cooperativas de crédito. No período, o total de cooperados passou de 1,9 milhão para 2,9 milhões, um aumento de 52,6%. De acordo com a pesquisa, a distribuição do crédito cooperativo se concentra na região sudeste, onde estão 55% das 1.412 cooperativas em operação no país.

Em São Paulo, por exemplo, o Sicoob Central Cecresp (Central das Cooperativas de Crédito do Estado de São Paulo) registra no período um aumento de 38% no número de associados. Saltou de 205 mil em 2003 para 283 mil no ano passado.

Na avaliação do presidente do Sicoob Central Cecresp, Manoel Messias da Silva, o aumento deu-se pelos incentivos do Banco Central nos últimos anos. “Várias demandas reprimidas, que impediam o crescimento do setor, foram atendidas pelo Governo Federal desde 2003. É o caso da liberação para empresários abrirem cooperativas de crédito e da possibilidade da transformação de cooperativas em livre admissão”, diz.

Segundo o estudo do BC, os incentivos ao avanço do setor – que responde por 2,2% da movimentação financeira do Brasil – devem-se ao fato de as “cooperativas de crédito contribuírem para o desenvolvimento da economia local ao promover a intermediação entre a poupança e a demanda por serviços financeiros de uma mesma região, tornando-o indutor de correção de desigualdades regionais”.

Messias lembra que o aumento no número de cooperados será ainda maior quando o governo autorizar a constituição ou transformação de cooperativas de livre admissão nas capitais e grandes regiões metropolitanas do país. Segundo a resolução 3.442/07, o Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou no início de 2007 apenas a transformação de cooperativas que atuam em um raio de ação de 2 milhões de habitantes.