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17/03/2011 - 10:33

Mercados emergentes aumentam participação em IPOs de empresas com apoio de fundos de private equity

Estudo da Ernst & Young mostra que operações no ano passado ao redor do Mundo se aproximaram do recorde de 2007; 30% dos IPOs no Brasil em 2011 deverão ser de empresas apoiadas por fundos de PE.

São Paulo, 11 de fevereiro de 2011 – Os mercados emergentes tiveram grande destaque nas operações de IPO de empresas com o apoio de fundos de private equity em 2010, segundo o relatório global da Ernst & Young Private Equity, Public Exits, que analisa o volume de IPOs no ano passado ao redor do Mundo. Após superar a crise financeira internacional com mais facilidade do que os países desenvolvidos, economias como Brasil, China e Índia tiveram maior participação neste mercado: no segundo semestre do ano passado, os emergentes representaram 52% do total de operações no mundo, ante 30% no segundo semestre de 2007 e 21% no primeiro semestre daquele ano, períodos anteriores à crise global.

Os IPOs continuarão a ser uma alternativa importante para os desinvestimentos dos fundos de private equity em 2011. Há previsão de aumento de operações, representando oportunidade para os fundos obterem liquidez e garantirem retorno aos seus quotistas. As boas condições econômicas devem permitir que os fundos encerrem seus atuais ciclos de investimento, e procurem novas oportunidades em empresas que queiram abrir capital e, assim poderão redirecionar seus recursos para novos negócios. Segundo o sócio de transações da Ernst & Young Terco, Carlos Asciutti, estima-se que as operações envolvendo fundos de PE no Brasil neste ano deverão representar pelo menos 30% do total de IPOs em 2011, ou seja, similar aos níveis verificados antes da crise global.

Asciutti destaca que, em geral, o apoio de um fundo de PE possibilita às empresas um melhor preparo para acessar o mercado de capitais. "O private equity tem a mesma visão do investidor com relação às reestruturações que são exigidas das empresas investidas nas áreas de governança corporativa, controles e práticas de gestão. Vale lembrar que os cotistas dos fundos de Private Equity são os mesmos que investem no mercado de capitais", afirmou.

Segundo melhor resultado da história - Em 2010, o mercado global de IPOs teve atividade expressiva, com 1.485 companhias levantando valor total de US$ 282,5 bilhões. As operações com apoio de fundo de private equity envolveram 155 companhias obtendo US$ 35 bilhões. O resultado é mais que o dobro do que em 2009, quando foram captados US$ 16,8 bilhões e quase três vezes mais que em 2008, durante a crise econômica mundial. Entretanto, a atividade foi menor do que o recorde de 2007, quando as companhias que acessaram o mercado com o apoio dos fundos de private equity obtiveram juntas US$ 58 bilhões.

O volume global de IPOs (incluindo operações com e sem apoio de fundos de PE) foi influenciado pelo robusto mercado de Ásia e Pacífico, que respondeu por 75% das emissões globais, com US$ 182 bilhões obtidos em 828 operações. Esse mercado foi seguido por Américas, que tiveram US$ 58,6 bilhões e 375 operações e o mercado EMEIA (composto por Europa, Oriente Médio, Índia e África), com 284 companhias captando US$ 41,9 bilhões.

O volume total de IPOs foi reforçado por diversas operações de destaque ao longo do ano, como o Agricultural Bank of China, maior lançamento da história, com US$ 22,1 bilhões, e a volta da General Motors ao mercado de capitais, captando US$ 18,8 bilhões na Bolsa de Nova York.

A despeito da aceleração nas atividades gerais de operações, o IPO médio em 2010 foi de US$ 226 milhões, 24% menor na comparação com 2009, que registrou cerca de US$ 299 milhões. Após a crise econômica mundial, os fundos de private equity vêm mantendo percentagens maiores nas companhias após os IPOs – desde 2006, as ações vendidas pelos fundos nas ofertas iniciais caíram 23%, e representam uma média de 24,6% do capital vendido via IPO.

Private equity estiveram presentes em quase 25% das operações de TI- Enquanto em 2009, as operações foram marcadas por fatores cíclicos, e tiveram como destaque empresas do ramo de oferta de serviços ao consumidor resistentes à crise, em 2010 o cenário foi mais positivo. Nessa situação, as companhias do setor de tecnologia representaram quase 25% em volume e número de operações, com 35 IPOs e US$ 8,4 bilhões captados no mercado – mais do que o triplo de dez operações em 2009, com US$ 1,9 bilhão captado.

Operações nos setores de consumo e de serviços também foram expressivas, respondendo por 28% do volume total, com 44 companhias obtendo US$ 9,7 bilhões. O setor de saúde teve retração por conta das incertezas envolvendo o mercado regulatório norte-americano, com 12% do total de operações, ante 22% no ano anterior.

IPOs por setor de atividade:

Preços de ações - O preço tem sido um desafio desde o reaquecimento do mercado de IPOs no quarto trimestre de 2009, com investidores cautelosos quanto a ofertas públicas, em especial as de empresas com significativo nível de alavancagem. Na Europa e nas Américas, quase 40% dos IPOs via PE tiveram preços abaixo do esperado. Em 2010 essas dificuldades levaram muitas companhias a retirar ou adiar suas ofertas. Ao longo do ano, 27 companhias apoiadas por fundos de PE não foram ao mercado, mencionando essas restrições.

Perfil da Ernst & Young e sobre a Ernst & Young Terco- A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria. Em todo o mundo, a empresa tem 144 mil colaboradores unidos por valores pautados pela ética e pelo compromisso constante com a qualidade. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial.

No Brasil, a Ernst & Young Terco é a mais completa empresa de consultoria e auditoria com 3.500 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de grande, médio e pequeno portes, sendo que 111 companhias são listadas na CVM (dado referente a junho de 2010) e fazem parte da carteira especial da equipe de auditoria. [http://www.ey.com.br].

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