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17/03/2011 - 11:12

Equipes do Rio, Minas e Espírito Santo estão na reta final para a Baja SAE BRASIL-Petrobras


Para representar os Estados, 14 equipes de estudantes de Engenharia constroem carros para a competição, que terá ao todo mais de mil universitários.

Mais de 180 estudantes de Engenharia do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo trabalham dia e noite na construção de 14 carros para disputar a 17ª Competição Baja SAE BRASIL-Petrobras, que acontecerá entre 24 e 27 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, SP. Os testes nos veículos começam ainda este mês dentro das instituições de ensino, onde os veículos foram projetados. São 14 equipes: oito cariocas, cinco mineiras e uma capixaba. Ao todo, a competição reunirá 67 equipes, numa média de 1,2 mil universitários de 59 instituições de ensino, de 14 Estados e Brasília.

Promovida pela SAE BRASIL, a competição desafia os estudantes a projetarem, buscarem patrocínios e construírem carros para uso fora de estrada exclusivamente para serem testados por especialistas da indústria da mobilidade. Na lista de provas estão avaliações de projeto, por meio de relatórios e apresentação, testes de tração, aceleração, velocidade máxima e o esperado enduro de resistência, que tem quatro horas de duração e é feito em pista de terra cheia de obstáculos e muito barro.

Rio de Janeiro – Com um veículo leve (157 kg), a equipe AEDBaja, composta por 20 estudantes da Faculdade de Engenharia de Resende, estreia um sistema de direção que não utiliza caixa e nem juntas flexíveis, mas barra de direção interligada por meio de suporte com rolamento que repassa a força para o esterçamento das rodas. “Ganhamos na redução de massa, facilidade de manutenção, robustez e melhor resposta de eficiência e velocidade”, avisa José Vitor Mendes da Silva, capitão da equipe carioca, 35ª colocada em 2010. Equipes de mais sete instituições cariocas estão inscritas na competição da SAE BRASIL (ver lista abaixo).

Minas Gerais – Veterana na competição e com 23 alunos da Universidade Federal de Minas Gerais, a equipe Baja UFMG trabalha num projeto em que a atração é a confiabilidade e robustez, além da nova suspensão, tipo Duplo A, segundo Diego Martins, o capitão. A equipe, 17ª colocada em 2009, apresentará também como inovação o uso de fonte de geração de energia limpa, que converte a térmica dissipada pelo motor, através de módulos geradores termoelétricos, em elétrica. “Com isso, esperamos ter um excelente desempenho este ano”, conta o estudante.

Espírito Santo – A robustez é também o ponto forte no carro da equipe Vitória Baja, formada por 12 alunos da Universidade Federal do Espírito Santo. De olho na prova de enduro de resistência, a equipe sacrificou em parte a velocidade para garantir a integridade estrutural do veículo. “Mas, garantimos a aceleração e capacidade trativa satisfatórias do carro, que faz até 55 km/h (atingia 57 km/h)”, diz André Hemerly Maia, capitão. “Na verdade, já tínhamos um projeto competitivo. O que fizemos foi refinar alguns subsistemas”, diz. Os testes estão na reta final e já comprovaram capacidade de subidas com até 60º de inclinação, segundo o capitão. O carro pesa 180 kg, possui sistema de telemetria desenvolvido pela equipe e utiliza muito alumínio na carenagem por causa do apoio da Companhia Brasileira de Alumínio.

No final da competição, as equipes das três instituições representadas que alcançarem as melhores pontuações, na soma geral das provas estáticas e dinâmicas, ganham o direito de representar o Brasil na Baja SAE Kansas, entre 26 e 29 de maio deste ano, em Pittsburg, EUA, onde participam mais de 90 times de diferentes países e o Brasil acumula quatro vitórias.

Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas, motor padrão de 10 HP e capacidade para abrigar um piloto de até 1,90m de altura e até 113,4 kg de peso. Todo o sistema de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto e a viagem da equipe ao local da competição.

Segundo o engenheiro Robson Galvão, diretor de Simpósios e Programas Estudantis da SAE BRASIL, as indústrias buscam cada vez mais novos talentos no ambiente competitivo e saudável da Competição Baja SAE BRASIL, cujo mérito é complementar a formação do futuro engenheiro. “É notório como a participação em projetos estudantis desta magnitude influencia na hora em que um currículo é examinado pelas empresas”, ressalta Robson Galvão.

.[17ª Competição Baja SAE BRASIL–Petrobras, de 24 a 27 de março de 201, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), rodovia SP 135, km 13,5, bairro Tupi, Piracicaba, SP].

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