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24/07/2007 - 11:57

Mueller Fogões implanta “produção enxuta”


Mudanças no processo produtivo já renderam à empresa a certificação ISO 9001 e ganhos de produtividade.

A Mueller Fogões Ltda, de Timbó (SC), implantou em sua fábrica o sistema de produção enxuta – ou “modelo Toyota” como é conhecido o processo desenvolvido no Japão após a segunda guerra e implantado de forma pioneira pela montadora Toyota, hoje líder mundial no segmento automotivo. O sistema tem como principal característica a produção puxada (planejada de acordo com a demanda), manutenção de estoques reduzidos e busca contínua de melhorias nos produtos e nos processos.

Segundo o diretor industrial Robison Azevedo, que já passou pela Chrysler e Tupy, o modelo implantado na Mueller permite que a fábrica trabalhe com o conceito de “supermercado”. O operário retira do estoque exatamente o que precisa para cumprir sua tarefa e a reposição é providenciada rapidamente por um sistema de controle automatizado que atinge a cadeia de suprimentos. Isso possibilita que a empresa trabalhe com estoque baixo de matéria-prima e produção programada.

Nos últimos três anos, graças à mudança no modelo, a Fogões Mueller, dobrou a produção e ainda conseguiu a certificação ISO 9001, que atesta a qualidade e melhoria constante do processo.

Diversidade - Os funcionários tiveram que passar por treinamentos rigorosos para se adequar ao modelo. Além disso, o chão de fábrica, que até então só tinha homens, ganhou um reforço de 28 mulheres na linha de produção - sem demissões no time masculino, vale acrescentar. “O equilíbrio e a diversidade (hoje as mulheres são 15% dos operários) são importantes para o ambiente de trabalho”, defende Azevedo. “Por outro lado, as mulheres facilitam a implantação do sistema, que é semelhante à gestão doméstica e requer muita atenção aos detalhes”.

Para garantir a qualidade dos fogões Mueller, no meio da fábrica foi construído um laboratório de auditoria, que avalia cada peça produzida. Tudo é planejado para evitar falhas, mas se um problema importante é detectado na linha, a produção pára imediatamente para corrigi-lo. Rapidez, aqui, não é figura de linguagem. A agilidade para corrigir falhas é um dos pilares do processo, já que a empresa agora trabalha com estoques baixos. “Atualmente, temos estoque de matéria-prima para 10 dias de produção, mas a tendência é reduzir ainda mais”, observa Azevedo.

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