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18/03/2011 - 11:22

Diretor da IATA alerta para a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura

Giovanni Bisignani, que estará na Airport em abril, destaca ainda as vantagens da privatização.

"Terminais em 13 dos 20 maiores aeroportos brasileiros não comportam a demanda atual. São Paulo, que responde por 25% do tráfego do Brasil, está em estado crítico, com serviços que não correspondem aos padrões internacionais". O alerta foi feito nesta terça-feira, 15, por Giovanni Bisignani, diretor da International Air Transport Association - IATA, durante um encontro realizado no Centro Britânico, em São Paulo (SP).

Bisignani parabenizou a Presidente Dilma Rousseff por alocar esforços estratégicos para a aviação como forma de preparar o País para sediar os eventos esportivos que receberá nos próximos anos. Para o diretor Geral da IATA, a criação de uma Secretaria de Aviação Civil com status de ministério é uma oportunidade de alavancar as mudanças necessárias para melhorar a competitividade da indústria aeroportuária.

Para o executivo o modelo de concessão é um caminho viável, desde que "acompanhado de uma regulação transparente, economicamente independente e robusta, apoiada em consultas efetivas à indústria". Entretanto, o mandatário da IATA é enfático ao afirmar que o modelo de funcionamento da Infraero, que controla 94% dos aeroportos do Brasil, é obsoleto.

Estiveram presentes na cerimônia o Diretor de Comunicação Corporativa Anthony Concil, o Diretor do Brasil, Carlos Ebner, o Diretor para América Latina e Caribe Patrício Sepulveda, Paula Faria, diretora da Sator Eventos, idealizadora e organizadora da Airport Infra Expo, entre outras personalidades do setor, além de jornalistas.

A IATA é uma das principais apoiadoras da Airport Infra Expo, primeiro evento especialmente voltado para a cadeia de produtos e serviços destinados à operação aeroportuária e reunirá mais de 100 empresas brasileiras e internacionais, de quinze diferentes países. Ela acontece 26 a 28 de abril de 2011, das 12 às 19 horas, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).

Quanto aos grandes eventos que o Brasil sediará nos próximos anos - a Copa do mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016 - Bisignani foi claro: "sem profundas mudanças, os aeroportos do Brasil não serão capazes de operar com sucesso na Copa da Fifa ou nos Jogos Olímpicos. O tempo está se esgotando para grandes projetos de infraestrutura. Precisaremos fazer com que a infraestrutura atual funcione muito mais eficientemente e com melhores resultados".

Setor - Para Bisignani, a Airport Infra Expo 2011 é um exemplo de perseverança na mobilização e fortalecimento do setor e na tentativa de reunir esforços para a elaboração conjunta de novas diretrizes. "Um das coisas mais importantes, e também um dos desafios do evento, é conseguir criar espaço para dar-se uma voz forte ao governo, o que está faltando. Mas tenho a esperança de que vocês terão a sorte que eu não tive. Quando programei minha viagem para o Brasil, achava que ia me encontrar com o novo presidente da Infraero e o presidente da Secretaria Especial de Aviação, mas isso não aconteceu. Espero que na feira eles já tenham sido definidos e estejam presentes na abertura", desabafa.

Ainda segundo Bisignani, grandes eventos, como a Copa e os Jogos Olímpicos, são uma oportunidade ou um risco, se não houver uma infraestrutura adequada eles podem destruir a imagem do País. "Eu fiquei chocado quando cheguei a São Paulo novamente e percebi que nada havia mudado, nada havia sido feito".

"Mas eu também quero trazer uma visão otimista, porque tive oportunidade de estar na Índia, que tinha o mesmo problema do Brasil. Eles tiveram a capacidade de mudar e tiveram sucesso com recentes eventos esportivos (Commom Wealth Games). Por que o Brasil, país que tem um papel tão importante na economia, não pode também promover essa mudança? Um de seus vizinhos, a Argentina, renovou os principais aeroportos de forma muito eficaz e com regulação forte e eu pude parabenizar a presidente Cristina Kirchner por isso", completa.

Bisignani acredita que a privatização é uma grande oportunidade. "Porque dessa forma o Brasil pode investir dinheiro público em outros setores e a iniciativa privada pode fazer esse investimento. O risco é que, para a privatização funcionar, tem que haver um regulador transparente e rígido com as companhias aéreas e aeroportos".

Ele diz que a concorrência é muito boa, positiva, faz baixar preço e aumentar oferta. "Nos aeroportos temos um monopólio e isso é ruim porque não estimula a concorrência. Pude ver exemplos bons de privatização na Argentina e na Índia, mas existe risco para o governo e é preciso ter muita atenção se for por esse caminho", conclui.

Sator - A Airport Infra Expo é uma iniciativa da Sator, empresa de comunicação e eventos que tem a missão de oferecer soluções empreendedoras, conscientes e transformadoras para organizações e pessoas comprometidas com atitudes que garantam o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e socioambiental. A empresa conta com uma ampla experiência na organização de eventos de aviação como a Labace - Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (entre 2007 e 2010), a Feira Nacional de aviação civil (desde 2008) e o Broa Fly-in (2006 a 2008).

.[Airport Infra Expo 2011, de 26 a 28 de abril de 2011 das 12 às 19 horas | Aeroporto de Congonhas / São Paulo - SP - Brasil - www.airportinfraexpo.com.br / @airportexpo | Evento Simultâneo: 1º Seminário Internacional de Infraestrutura Aeroportuária da América Latina, de 27 e 28 de abril de 2011 das 10 às 19 horas ].

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