Ginástica para crianças

Atividade física garante saúde, diversão e socialização das crianças.

Fazer exercícios físicos não tem idade. E em uma sociedade em que o nível de preocupação com a saúde e estética, não é difícil encontrar muita gente se desdobrando e encontrando tempo para praticar alguma atividade física. A ginástica, a musculação ou a caminhada fazem parte do cotidiano de uma boa parte dos jovens, adultos e idosos, mesmo com tantos compromissos e com uma vida tão corrida. Por outro lado, uma turma anda dando banho de sedentarismo: as crianças.

Atraídas pelos inúmeros jogos pela internet, ferramentas de bate-papo, orkut, PlayStation e por tantas opções que o mundo eletrônico tem para seduzir a garotada, a prática de qualquer atividade física fica de lado. Esse sedentarismo, de acordo com a personal trainer Débora Meireles, é o que faz com que muitas das crianças de hoje engordem com facilidade. “O tempo que elas passam na frente do computador e da TV é preocupante”, diz. “Criança tem que gastar energia, se movimentar”, completa.

Meireles chama atenção também para o fato socializador da prática de esportes entre os pequenos. Segundo ela, quando uma criança chega aos 10 anos de idade, ela fica mais retraída e por isso passa mais tempo dentro de casa. Nessa fase, o esporte coletivo é uma ótima saída para os pais, já que traz os filhos para um ambiente saudável e incentiva a socialização. Além de ocupar o tempo que seria gasto em horas de jogos eletrônicos, o esporte também ensina lógicas de respeito ao indivíduo e a regras. “Enquanto os jogos eletrônicos incentivam a agressividade, a atividade física ensina exatamente que se deve respeitar o espaço e a integridade física do outro”, afirma.

Ela explica ainda que nesse grupo, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia "extra normal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade.

As opções são muitas, e os benefícios, inúmeros. Meireles lembra que os pais podem experimentar, para descobrir qual esporte é o ideal para os filhos. “O melhor é variar. Se os pais percebem que a criança não gosta de futebol, vale tentar outra coisa. O mais importante é a saúde, mas a criança também tem que se divertir”, afirma.