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25/03/2011 - 09:31

Mulher: liderança no empreendedorismo


As mulheres brasileiras tornaram-se líderes no empreendedorismo no país. Elas representam 53% do total de empreendedores do Brasil, o que corresponde ao universo de 18,8 milhões de mulheres. Os dados são da pesquisa Global Enterpreneurship Monitor, realizada no país pelo Sebrae e Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade.

Além disso, o Brasil foi o país com o maior número proporcional de iniciativas desenvolvidas pelo público feminino, de acordo com o último estudo. E ocupa a 7ª. posição no ranking mundial de mulheres empreendedoras.

Este avanço da população feminina já caminha em diferentes setores da nossa economia. E se tornou mais claro, em específico, no empreendedorismo desde 2001 com a queda da participação masculina e estagnação em outros anos. E, por consequência, com a ascensão da colaboração feminina alcançando o ápice no ano de 2009 (última mensuração da pesquisa).

Mas o que as levou a alcançarem esta posição de liderança? Considerando que a liderança foi alcançada em 2009, podemos citar a crise vivida pelo mundo em 2008/2009. Apesar do Brasil ter sofrido menos que muitos países, acompanhamos diversas demissões de grandes multinacionais seja pelo corte de custos vindos de suas matrizes como também por medo e precaução de outras tantas empresas com o que poderia vir a acontecer.

Nesta fase, muitas mulheres aproveitaram para se recolocarem como donas de seus próprios negócios.

Além do fator econômico, é importante destacar o comportamento feminino.

As mulheres, em geral, são muito detalhistas, ou seja, neste caso elas analisam e planejam de forma minuciosa as possíveis oportunidades, desafios e riscos do negócio em questão.

Elas são mais persistentes nos objetivos a serem alcançados, deixando de lado o imediatismo e trabalhando com maior paciência para esperar seu negócio dar lucro.

O fato de serem multi-tarefas muitas vezes as obriga a buscar trabalhos que conciliem todos os papéis que desempenham. Algumas começam com trabalhos que complementem a renda, outras buscam “bicos” paralelos para as satisfazerem e quando possível, se dedicar completamente à atividade escolhida. São em exemplos assim, que nascem as mulheres empreendedoras.

As mulheres são movidas a desafios e buscam, em geral, aprofundar seu conhecimento, o que as auxilia a encontrar novas oportunidades e compartilhar experiências com outras pessoas.

E foi a partir desta perspectiva otimista que grandes investidores voltaram a atenção para as mulheres empreendedoras. Como foi o caso do banco de investimentos Goldman Sachs, que apoiado pela FGV e IE Business School lançou em 2008 o programa 10.000 Mulheres.

O projeto consiste em assistir as empreendedoras de países emergentes como Brasil, Índia, China e Egito a abrirem e gerirem seus próprios negócios de forma saudável.

O investimento previsto para ensinar estas mulheres é de US$100 milhões. O curso é gratuito, passando as candidatas por processos seletivos; e a intenção é que em 6 meses todas passem pelas principais áreas de uma empresa. São ministrados em São Paulo, pela FGV e em Belo Horizonte, pela Fundação Dom Cabral.

As mulheres já dominam as redes sociais no Brasil. E de olho nesta oportunidade, no começo deste ano, foi lançada uma rede social voltada exclusivamente para mulheres empreendedoras. A Rede Mulher Empreendedora conta com um espaço de Cowork para trabalho, reuniões, cursos, palestras e também com um ambiente virtual para troca de experiências e contatos.

Além disso, há também na rede social Linkedin o Grupo Mulheres de Negócios que já possui mais de 2 mil mulheres cadastradas que falam sobre negócios dentro de fórums do próprio grupo.

As mulheres tem o diferencial de trabalharem de forma colaborativa, com forte tendência em querer apoiar umas às outras e se engajarem em causas alheias, o que ajuda na aderência destes grupos.

Nunca foi tão falado no papel da mulher nos negócios como nos últimos anos. Não é difícil acreditar que muitos outros topos serão alcançados pela força do poder feminino.

.Por: Cinthia Almeida, diretora da consultoria de marketing especializada no mercado feminino – Delas! Mkt. Formada em Publicidade e Propaganda pela PUC-Campinas, com MBA em Marketing pela ESPM-SP. Estudou na Universidade da Califórnia de Riverside - EUA, o curso de extensão Global Business Management. É autora do livro “O casamento ideal entre sua empresa e o cliente”, que traz estratégias de marketing para fornecedores de casamento. Tem experiência de 10 anos no mercado feminino, trabalhando com Gerenciamento de Produto e Trade Marketing em Mutinacionais. E Marketing Interno, Criação e Produção em Agências de Publicidade e Propaganda.[ Site: www.delasmkt.com.br | email: [email protected]

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