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29/03/2011 - 09:50

Inovação, pesquisa e desenvolvimento


O Estado de São Paulo é líder no setor de pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento. A informação é baseada em estudos da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e da Fundação Seade. Porém grande parte deste conhecimento ainda está dentro nos muros acadêmicos. Mesmo assim, segundo dados da pesquisa da fundação SEADE, a economia paulista acumulava crescimento de 8,5% até o terceiro trimestre de 2010.

A inovação tecnológica tem de vir acompanhada de investimento e transferência de conhecimento e é nesse cenário que podemos destacar os parques tecnológicos e as incubadoras de empresas. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), São Paulo é o Estado que reúne o maior número de incubadoras implantadas, são 100 ao todo. Segundo a Anprotec, o Cietec USP (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas), é hoje um dos maiores pólos incubadores da América Latina com mais de 100 empreendimentos em gestação. São Paulo é seguido do Rio Grande do Sul, que possui 61 incubadoras. As incubadoras oferecem apoios que vão desde infraestrutura de baixo custo até serviços de assessoria jurídica, marketing, serviços de capacitação, treinamento e até atendimento ao cliente.

Sem dúvida, o formato colabora para o crescimento e geração de empregos. Porém, ainda há muito espaço para a ampliação do desenvolvimento no Estado e é o que a Agência de Fomento Paulista, alinhada à política de desenvolvimento de São Paulo, pretende fazer com bastante força neste ano de 2011. Investir no fomento dos setores que se utilizam das pesquisas e bases tecnológicas e que tenham fortes características de geradores de empregos. Fomentar a expansão das pequenas e médias empresas – que são as que mais empregam em todo o país - por meio de ofertas de crédito a juros muito baixos e a prazos longos. Desta forma é possível impulsionar o desenvolvimento de um estado, por meio de apoio ao investimento para que as empresas possam ganhar competitividade, avançar nas pesquisas e desenvolver produtos de maior valor agregado, além de gerar emprego.

Nas últimas décadas, o Brasil tem vivido um grande avanço científico que tem colaborado para construir a competência nacional em alguns segmentos, por causa dos investimentos em pesquisas. Como exemplo, podemos citar nosso know how na exploração de petróleo em águas profundas, o que permite ao Brasil exportar tecnologia e capital humano qualificado neste segmento.

Investimentos pesados, de forma contínua e a longo prazo são necessários para expandirmos conhecimento também em outras áreas. Atualmente a importância da pesquisa e do desenvolvimento para a obtenção de lucro e perenidade ou sustentabilidade das empresas, não é mais um tabu. Os empresários de hoje reconhecem a necessidade de investir em bases tecnológicas para o sucesso e perenidade de sua corporação.

Apesar do avanço brasileiro em pesquisas científicas e do reconhecimento dos empresários sobre a necessidade de investimentos nesse setor, é sabido que a produção tecnológica não é imediata. Há um tempo de maturação para o resultado da pesquisa se transformar em produto. Por isso, é importante estarmos alinhados aos avanços tecnológicos para não ficarmos na rabeira do desenvolvimento.

Um Estado só consegue atingir o desenvolvimento quando investe pesado, de forma contínua e a longo prazo em desenvolvimento tecnológico, inovação, pesquisas e formação de capital humano qualificado, de maneira que tudo isso possa transformar a sociedade.

. Por: Milton Luiz de Melo Santos, economista e diretor-presidente da Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento.

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