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30/03/2011 - 09:27

CSN anuncia receita líquida recorde de R$14,5 bilhões em 2010


São Paulo- A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (BM&FBovespa: CSNA3) (NYSE: SID) divulga seus resultados do quarto trimestre de 2010 (4T10) e do ano de 2010, apresentado de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards – IFRS) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em Reais. Os comentários abordam os resultados consolidados da Companhia e as comparações são relativas ao terceiro trimestre de 2010 (3T10) e ao ano de 2009, respectivamente, exceto quando especificado de outra forma. A cotação do dólar em 31 de dezembro de 2010 era de R$1,666.

De acordo com a CSN, a receita líquida de R$14,5 bilhões do ano de 2010 é recorde da Companhia, 32% superior à receita líquida do ano anterior. A margem bruta do ano 2010 alcançou 47% um crescimento de 11 p.p. sobre a margem bruta de 2009. O lucro bruto em 2010 atingiu R$6,8 bilhões, 71% superior ao lucro bruto de 2009. O Ebitda ajustado do ano de 2010 atingiu R$6,4 bilhões, um crescimento de 76% em relação ao Ebitda ajustado de 2009. A margem Ebitda ajustada do ano de 2010 chegou a 44%, sendo 11 p.p. maior que a margem Ebitda ajustada de 2009. As receitas de mineração atingiram o recorde de R$3,6 bilhões no ano de 2010, um crescimento de 84% em relação a 2009. As vendas de minério de ferro em 2010 atingiram 25,3 milhões de toneladas, recorde da Companhia, correspondendo a um crescimento de 13% em relação ao volume comercializado em 2009. No ano de 2010, o volume consolidado de produtos siderúrgicos comercializado pela CSN no mercado interno, onde historicamente as margens são mais elevadas, representou 86% das vendas totais. Os investimentos realizados pela Companhia em 2010 totalizaram R$3,6 bilhões. Em dezembro 2010, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado de 1,55x caiu 0,19x em relação ao final de 2009. A CSN é uma empresa altamente líquida, com R$ 10,2 bilhões em caixa.

A recuperação da economia global está sendo liderada pelos países emergentes. A expectativa do FMI para o crescimento mundial em 2010 é de 3% a 4%, sendo que os países desenvolvidos se limitarão a um crescimento médio entre 1% e 2%, enquanto os países emergentes deverão apresentar crescimento aproximado de 6% a 8%. Nas economias desenvolvidas a pressão inflacionária permanece contida, embora os preços das commodities e dos alimentos estejam aumentando. Já nas economias emergentes, os índices de inflação estão em alta devido a combinação de forte crescimento da atividade econômica e elevação nos preços das commodities.

EUA- Houve uma retomada no crescimento da economia norte-americana no final de 2010, contribuindo para que o PIB encerrasse o ano com elevação de 2,9%, maior alta desde 2005. A expansão é atribuída principalmente ao estimulo fiscal do governo, crescimento das exportações e retomada dos investimentos privados.

Mesmo assim o nível de desemprego continua alto, o índice registrou uma taxa de 9,4% em dezembro de 2010. O país tem hoje aproximadamente 14 milhões de pessoas desempregadas. Em todo ano de 2010 foram criados 900 mil empregos.

Diversos economistas esperam um crescimento maior em 2011, segundo pesquisa realizada recentemente pelo Wall Street Journal. As expectativas para 2011 são as seguintes: crescimento de 3,5% no PIB, inflação estável em 2%, sem aumento nas taxas de juros e taxa de desemprego abaixo de 9%.

O setor automotivo poderá ser um dos propulsores desse crescimento. As expectativas das principais montadoras apontam que as vendas deverão superar a marca de 13 milhões de veículos em 2011.

Europa- O ritmo de crescimento na Europa está se desacelerando, principalmente por conta do aperto fiscal e insegurança acerca da dívida soberana, principalmente na Itália, Espanha, Grécia e Irlanda. O alto índice de endividamento desses países criou um cenário de incerteza a respeito do pagamento da dívida soberana e a solvência do setor bancário. De acordo com o CRU, os 4 países citados detêm 64% de todos os empréstimos concedidos a instituições financeiras na Zona do Euro.

A taxa de desemprego na Zona do Euro permanece em 10%, um dos maiores níveis dos últimos 12 anos e atinge aproximadamente 15 milhões de pessoas. A expectativa é que haja uma estabilização nos próximos meses por conta de uma possível melhora nas exportações, principalmente na Alemanha, e no aumento dos gastos dos consumidores.

Pela primeira vez em mais de dois anos a inflação da zona do Euro superou a meta de 2% estipulada pelo Banco Central Europeu. Em dezembro o índice de inflação foi de 2,2%. O frio rigoroso elevou os preços dos alimentos e energia. Para 2011 a expectativa é que o preço das commodities e a energia continuem exercendo pressão inflacionária, mesmo assim o Banco Central Europeu manteve a meta de inflação em 2%.

Segundo o CRU a Zona do Euro deverá apresentar crescimento no PIB de 1,7% em 2010 e 1,6% em 2011. A Alemanha é o país que mais se destaca no cenário europeu e mantém seu papel de liderança econômica na região. Espera-se que o PIB do país cresça 2,5% no próximo ano.

Ásia- Após impulsionar a recuperação da crise financeira global, a China entra em um ciclo de aperto monetário para tentar frear o crescimento da inflação, que encerrou o ano de 2010 com alta de 4,6%.

Durante o ano de 2010, o governo adotou medidas de contenção do ritmo de crescimento através do aumento das taxas de juros e dos depósitos compulsórios, restrição ao crédito e metas de redução do consumo de energia. Todas as medidas apesar de restritivas visam o crescimento sustentável da economia chinesa.

O PIB cresceu 10,3% em 2010, 2% além da meta estipulada pelo governo chinês. A China ultrapassou o Japão e tornou-se a segunda potência econômica mundial, atingindo um PIB de US$5.9 trilhões.

No que se refere ao câmbio, a China tem deixado o yuan se valorizar a uma taxa anual de cerca de 6% sobre o dólar desde junho de 2010, quando efetivamente encerrou a fixação entre as duas moedas, que durou dois anos, tornando o yuan mais flexível.

A China está com um projeto ambicioso de urbanização que conta com grandes investimentos até 2025. O país espera atingir 221 cidades com 1 milhão de habitantes cada. O mercado imobiliário Chinês está aquecido e os preços dos imóveis continuam subindo anualmente acima de dois dígitos.

Brasil-O desempenho da economia brasileira ao longo de 2010 foi destaque entre as economias emergentes. Esta boa performance foi possível graças ao aumento do emprego, da renda e da oferta de crédito.

O grande destaque do ano ficou por conta da criação de vagas de trabalho nos diversos setores da economia. No acumulado do ano foram criados 2,52 milhões de empregos, expansão de 115% sobre o mesmo período do ano anterior. Em dezembro de 2010 o IBGE apurou taxa de desemprego de 5,3%, a menor desde o início da apuração da série histórica, em 2002. A queda do desemprego e o aumento de renda contribuíram para o aumento do consumo. Dados do IBGE mostram que a massa salarial cresceu 8,6%, em termos reais, na comparação de dezembro de 2010 com dezembro de 2009, impactando nas vendas do varejo que cresceram 10,9% em 2010, o maior resultado dos últimos nove anos.

Por outro lado os investimentos do setor produtivo não acompanharam o mesmo ritmo o que acabou aumentando a pressão inflacionária. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em 2010 uma alta de 5,91%, 1,41 p.p. acima do centro da meta estipulada pelo BACEN. Prestação de serviços e alimentos foram os itens que mais contribuíram para a elevação do indicador.

Medidas monetárias restritivas foram adotadas pelo governo para tentar conter o aumento da inflação. O Conselho Monetário Nacional decidiu aumentar o limite de pagamento mínimo do cartão de crédito e elevar o compulsório recolhido pelos bancos enquanto que o COPOM aprovou, por unanimidade, um aumento de 0,5p.p. na taxa de juros que passou a ser de 11,75% a.a.

O volume total de crédito do sistema financeiro alcançou R$1,7 trilhão em 2010, crescimento de 21% se comparado ao mesmo período do ano anterior. A relação crédito e Produto Interno Bruto se elevou para 47%, já a inadimplência se reduziu ao longo do ano de 2010.

Medidas de restrição ao financiamento de bens de consumo e o encarecimento do dinheiro no sistema bancário podem alterar as expectativas do mercado para o ciclo de aperto monetário em 2011, podendo impactar os investimentos e a expansão da economia.

No que tange o crescimento econômico, o ano de 2010 teve o maior PIB desde o início do plano Real. O indicador atingiu 7,5%. As expectativas para os próximos anos também são positivas, ratificando o bom momento da economia brasileira. De acordo com o relatório FOCUS o crescimento médio do PIB em 2011 e 2012 será de 4,2% ao ano.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a produção industrial de 2010 atingiu 10,5% e também foi destaque entre os indicadores macroeconômicos. Os setores que mais contribuíram com esta performance foram os de bens de capital e consumo duráveis, principalmente automóveis e eletrodomésticos, além de setores tipicamente exportadores, com destaque para as commodities.

Os movimentos de capitais internacionais continuam pressionando a cotação do Real. Apesar das medidas adotadas pelo governo ao longo do ano, o Real seguiu forte movimento de apreciação perante a moeda norte-americana. No início do ano o relatório FOCUS apontava uma cotação próxima a R$1,80 para o final de 2010. No entanto, a moeda local encerrou o ano cotada a R$1,67. As reservas internacionais bateram recorde e já atingiram US$300 bilhões em fevereiro de 2011.

.[Link com ilustração gráfica dos resultados: http://www.mzweb.com.br/csn/web/arquivos/CSN_Release_2010port.pdf].

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