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Obra retrata visão nordestina do operariado

Nascido e criado no Engenho Santa Rosa, no interior de Pernambuco, o negro Ricardo não tinha perspectivas de mudar de vida. Aos 16 anos, ele decide fugir e mudar sua história. Em Recife, arranja um emprego, conhece o amor e desperta para a vida política. Mas o que se pretendia a conquista de uma vida de liberdade acaba em tragédia. Primeiro romance de José Lins do Rêgo escrito na terceira pessoa, O Moleque Ricardo é pioneiro em abordar a questão da vida operária no nordeste. Seu personagem principal será retomado na primeira parte do livro USINA, publicado em 1936. Com novo projeto gráfico, mais moderno e arrojado, O Moleque Ricardo chega às livrarias essa semana pela Josè Olympio Editora [www.record.com.br].

.[O Moleque Ricardo, de José Lins do Rego | ISBN: 978-85-03-01055-9 | Formato: 14 X 21 cm| 352 Páginas| Preço: R$ 39].

Nascido no Engenho Santa Rosa, no interior de Pernambuco, o “moleque de eito” Ricardo tinha poucas perspectivas de ascender na vida. Aos 16 anos, inconformado com seu destino, ele decide fugir para Recife e começar uma nova vida longe da roça.

Na capital pernambucana, Ricardo consegue encontrar um emprego. Porém mais do que trabalhar em troca de um salário, suas novas experiências incluem a descoberta do amor e da militância política. No entanto, o que parecia uma porta para a liberdade acaba em tragédia, com a prisão do rapaz na Ilha de Fernando de Noronha.

Primeiro romance de José Lins do Rêgo escrito em terceira pessoa, O Moleque Ricardo tem um forte cunho político. A trajetória do negro de engenho que busca uma nova vida na cidade, sem sucesso, reflete a lógica da cultura nordestina de que o trabalhador “alugado” tem melhor condições de vida do que o proletário urbano.

Escrito entre o ciclo da cana e o ciclo do nordeste, a obra tem sua continuação na primeira parte da USINA, publicado em 1936. Na retomada do personagem, José Lins do Rego mostra a vida de Ricardo no presídio, onde o negro tem um relacionamento homoafetivo com o cozinheiro, seu Manuel. No final, Ricardo volta para o engenho, derrotado.

José Lins do Rego nasceu na Paraíba em 1901. O mundo rural do Nordeste lhe serviu de primeira inspiração – publicou Menino de Engenho em 1932. Seus livros foram adaptados para o cinema e traduzidos na Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, Estados Unidos, Itália, entre outros países. Em meados dos anos de 1950, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e, em 1957, o Brasil perdia um de seus maiores escritores. Menino de engenho, Fogo Morto e Histórias da Velha Totônia também foram relançados com um projeto gráfico novo pela Editora José Olympio em 2010.

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