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31/03/2011 - 09:12

Apagão no Nordeste afeta volumes de produção e vendas em fevereiro, aponta Abiquim

Os resultados dos principais índices do segmento de produtos químicos de uso industrial foram impactados pelo “apagão” de energia elétrica que atingiu a região Nordeste nos primeiros dias de fevereiro. Algumas empresas, notadamente no Pólo Petroquímico de Camaçari, foram forçadas a realizar paradas não programadas para manutenção, implicando em reduções de produção em vários grupos. O índice de produção teve queda de 18,89% em fevereiro de 2011, levando o patamar médio observado no mês para o seu pior resultado desde dezembro-2008/janeiro-2009, período de auge da crise internacional.

“Consequentemente, dada a menor disponibilidade de produto para comercialização, o índice de vendas internas recuou 7,09%. Com relação ao índice de preços, houve elevação de 7,41% em fevereiro, sobre janeiro, acumulando alta de 16,0% nos últimos 12 meses. O mercado doméstico tem acompanhado o comportamento dos preços dos produtos químicos no mercado internacional, cuja tendência recente tem sido de alta. Várias são as razões que justificam esse comportamento: recuperação de preços, após a queda geral que se observou com o advento da crise internacional; os preços de algumas importantes matérias-primas do segmento, notadamente petróleo e nafta, estão sendo influenciados pela redução temporária de oferta, em razão dos conflitos e da insegurança no Oriente Médio; e, mais recentemente, o terremoto, seguido de tsunami no Japão, que tende a elevar a procura por energéticos mais tradicionais, em um momento de reduzida oferta por conta do item anterior, pressionando os preços para cima. Por outro lado, a redução dos preços do gás natural henry-hub nos Estados Unidos, sobretudo em decorrência das reservas de shale gas, está trazendo ganhos importantes de competitividade aos crackers americanos, o que pode também, no curto prazo, ter algum impacto sobre os preços internacionais”, afirma a nota da Abiquim.

“Em bases anualizadas, de março de 2010 a fevereiro de 2011, muito em decorrência do fraco desempenho de fevereiro, o segmento voltou a exibir redução no ritmo da atividade: a produção cresceu apenas 1,79%, sobre os 12 meses anteriores, enquanto as vendas internas tiveram elevação de 3,65%. Vale lembrar que, no encerramento do ano passado, os dois índices registravam crescimentos, em bases anualizadas, próximos a 7%. Em janeiro, os volumes já indicavam uma redução na velocidade, com resultados próximos a 4% também em 12 meses”, continua.

“No 1º bimestre de 2011, o consumo aparente nacional da amostra do RAC teve recuo de 0,58%, influenciado, sobretudo, pela redução da produção. Vale destacar que as importações da mesma amostra, por outro lado, cresceram 25,8% nos dois primeiros meses deste ano. Nos últimos 12 meses, o CAN teve elevação de 7,94%, quatro vezes mais do que a produção em igual comparação. A forte expansão das importações continua trazendo preocupação ao segmento de produtos químicos de uso industrial, uma vez que evidencia a facilidade com que o produto importado tem conseguido chegar ao País, muitas vezes até com incentivos estaduais, ocupando uma fatia cada vez maior do consumo doméstico. Tal fato, no médio e longo prazo, além de evidenciar a falta de competitividade do produto nacional, em relação ao concorrente produzido externamente, também desestimulará importantes investimentos no segmento”, observa a Associação.

No 1º bimestre de 2011, a variável pessoal ocupado cresceu 2,74%, sobre igual período do ano passado. A massa salarial por empregado teve redução de 0,35% em igual período, enquanto a massa salarial ampliada subiu 2,29%.

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