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05/04/2011 - 07:52

Maior inovação da anestesiologia nos últimos 20 anos já está disponível no Brasil

Com mecanismo de ação revolucionário, medicamento reverte, em até três minutos, o efeito do relaxante muscular usado na anestesia geral, evitando complicações e proporcionando mais segurança para pacientes.

São Paulo - Apesar de ser considerada muito segura, a anestesia geral ainda provoca medo e ansiedade nas pessoas. Recente pesquisa da Sociedade Americana de Anestesiologia em pacientes submetidos a cirurgias, aponta que 75% dos entrevistados têm muita preocupação com a anestesia geral. Segundo a entidade, esse medo não procede, pois as taxas de complicações relacionadas à anestesia diminuíram drasticamente nos últimos 25 anos. Para deixar os pacientes ainda mais tranquilos, já está disponível no Brasil a maior inovação da área nos últimos 20 anos, de acordo com os especialistas.

A novidade é o sugamadex sódico, conhecido comercialmente como Bridion, o primeiro e único medicamento que reverte, em até três minutos, os níveis moderados e profundos do relaxamento muscular induzido pelo rocurônio e pelo vecurônio, dois relaxantes musculares utilizados na anestesia geral. O tempo para a reversão do relaxamento muscular com o medicamento é cerca de seis vezes mais rápido que o obtido com o uso de outros fármacos. Além disso, sugamadex sódico não provoca os efeitos colaterais das drogas disponíveis até então, permitindo que o paciente retome suas funções musculares com segurança e volte a respirar espontaneamente mais rapidamente.

Durante a anestesia geral, o anestesiologista, além de controlar as condições clínicas do paciente, também cuida para que ele fique inconsciente durante toda a operação, não se recorde do procedimento cirúrgico, não sinta dor e tenha um grau de relaxamento muscular adequado para que o cirurgião realize a cirurgia com segurança.

A grande relevância da recuperação do relaxamento muscular ser rápida é a possibilidade de diminuir a incidência de importantes efeitos colaterais, denominados paralisia residual, decorrentes da presença de resíduos do relaxante muscular ao término da cirurgia. “Os músculos do pescoço envolvidos na respiração e na deglutição são muito sensíveis a esses efeitos. Por isso, mesmo que o paciente tenha capacidade de respirar espontaneamente, pode não conseguir tossir ou deglutir adequadamente, o que pode resultar em sérios problemas respiratórios”, explica a Dra. Maria Ângela Tardelli, professora adjunta do Departamento de Anestesiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Recentemente foi descrita mais uma grave complicação decorrente da paralisia residual, a Síndrome de Takotsubo, conhecida também como síndrome do coração partido, que tem sintomas e quadro parecidos com os do infarto. A Síndrome de Takotsubo é uma cardiopatia induzida por um estresse muito grande, que no pós-operatório imediato é desencadeada pela combinação da completa recuperação da consciência aliada à incompleta recuperação das funções motoras, ou seja, o paciente está totalmente desperto, porém não consegue abrir os olhos, deglutir ou respirar adequadamente. Estudo envolvendo 526 pacientes submetidas à anestesia geral, na qual foi usada uma única dose de relaxante muscular, evidenciou que 45% deles apresentaram paralisia residual na sala de recuperação pós-anestésica.

De acordo com a especialista, o sugamadex sódico, com seu conceito revolucionário, é uma importante ferramenta para auxiliar o gerenciamento do relaxamento muscular. “Agora o relaxamento muscular necessário pode ser mantido até o fim da cirurgia. O sugamadex é o único fármaco que reverte o relaxamento profundo, necessário em algumas cirurgias nas quais qualquer movimento pode colocar o paciente em risco. Todos esses fatores geram mais segurança para o paciente e tranquilidade para o anestesiologista”, complementa a médica.

O mecanismo de ação do sugamadex é totalmente inovador. A molécula do relaxante muscular é atraída para a cavidade interna do sugamadex, que é uma gamaciclodextrina modificada, composta por oito moléculas de glicose dispostas em círculo. Cada molécula do sugamadex encapsula uma molécula do relaxante muscular, tornando-a inativa. Isso acontece porque ambos os medicamentos têm uma afinidade mútua e mantêm uma ligação estável e duradoura. Depois desse processo, o sugamadex, que já inativou o relaxante muscular, é transportado pelo sangue para os rins, de onde é eliminado do corpo, geralmente em menos de duas horas. O sugamadex não altera a pressão arterial e a frequência cardíaca e, quando usado na dose correta, elimina a possibilidade da paralisia residual.

Cenário anterior - Os relaxantes musculares disponíveis até o desenvolvimento do sugamadex, além de demorarem cerca de seis vezes mais tempo para fazer efeito, não eram capazes de reverter o bloqueio profundo. Eles também têm sua eficácia influenciada pelas diferentes técnicas anestésicas e causam diversos efeitos colaterais, como distúrbio do ritmo cardíaco, diminuindo de modo preocupante a frequência cardíaca, problemas gastrointestinais como salivação excessiva em 100% dos casos, náuseas e vômitos, e alterações respiratórias devidas ao aumento da secreção brônquica. Para prevenir ou reverter esses efeitos colaterais é necessária a administração concomitante de drogas anticolinérgicas, que também possuem vários efeitos adversos como aumento exagerado da frequência cardíaca, secura da boca e nariz, visão turva e retenção urinária. Desde seu lançamento na Europa, no início de 2009, foi registrado apenas um relato de alergia ao medicamento.

Perfil-A MSD é uma nova empresa farmacêutica global, fruto da fusão, em 2009, entre duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A MSD é líder global na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana e a animal. Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o acesso a seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às pessoas que deles necessitam.

Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck), conta atualmente com cerca de 106 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários.

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