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06/04/2011 - 12:30

Dia mundial da Saúde: 7 de abril

A temática do Dia Mundial da Saúde deste ano é “Combater a resistência aos antibióticos: não agir hoje, sem cura amanhã”. Em livre tradução, trata-se de uma chamada para a utilização inadequada de agentes antimicrobianos na prática clínica. No século XX, o controle de doenças infecciosas como Tuberculose, AIDS, Malária e diversas outras só foi possível por meio dos agentes antimicrobianos. Entretanto, nas últimas décadas, a sua má utilização levou ao aparecimento de micróbios resistentes e à reemergência de algumas doenças consideradas sob controle. Caso a má utilização dos agentes antimicrobianos continue, a possibilidade de um retrocesso no controle das doenças infecciosas é muito grande.

Este ano, a COI- Clinicas Oncológicas Integradas estão tratando de um tema bastante semelhante ao tema da resistência aos antibióticos, porém relacionado com a área de oncologia: Identificando eventos adversos em oncologia. Evento adverso na utilização de medicamentos consiste nos males (ou danos) causados pelo uso inadequado de uma substância química ou medicamento.

Segundo o Dr. Ronaldo Corrêa da Silva, da COI, nos EUA, os eventos adversos em oncologia são importantes causas de morbidade e mortalidade entre os pacientes com câncer. Reações adversas com medicamentos correspondem a cerca de cem mil mortes por ano. Muitas vezes uma reação adversa a uma droga em oncologia pode ser confundida com a progressão da doença ou com alguma comorbidade associada à doença.

Reação adversa com medicamentos diz respeito àquelas que ocorrem mesmo quando os medicamentos são adequadamente utilizados. Portanto, são imprevisíveis. As reações adversas, ao contrário, são previsíveis e podem ser minimizadas por meio de utilização de protocolos clínicos, rotinas de identificação de pacientes e de rotulagem de medicamentos, controle da infusão, entre outros.

No Brasil a vigilância de medicamentos em saúde é feita em conjunto pelo Ministério da Saúde, a ANVISA, as VISAs estaduais e municipais, entre outros. Uma proposta específica para regulamentação da farmacovigilância no Brasil esteve em consulta pública em 2003, mas ainda não foi publicada. Nos hospitais e clínicas, o controle da utilização dos medicamentos é feito pelos serviços de farmácia clínica.

Medicamentos como antimicrobianos e quimioterápicos para o câncer podem salvar vidas, mas, para que seu uso seja otimizado, é preciso um controle adequado dos processos e vigilância permanente para os eventos adversos.

. Por: Ronaldo Corrêa da Silva, oncologista/sanitarista, da COI – Clinicas Oncológicas Integradas.

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