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07/04/2011 - 08:53

Indústria nacional do brinquedo quer 70% do mercado nos próximos 5 anos, diz Abrinq

A meta da Abrinq quer perseguir exemplos de México, Filipinas e Vietnã, que retomaram participação de mercado dos chineses com incentivos à produção. No Brasil, o setor, que reúne 440 fábricas no País, emprega 30 mil trabalhadores e fatura R$ 3,1 bilhões anuais sofre com contrabando (10% do mercado) e com brinquedos vindos da China (45%) por baixo do pano. Atualmente a indústria nacional, que este ano deve investir R$ 200 milhões em modernização das fábricas e produtos, detém 45% do mercado brasileiro

A menos de uma semana da abertura da Abrin – Feira Brasileira de Brinquedos, terceiro maior evento mundial do setor que em sua 28ª edição reúne mais de 200 empresas em 20 mil m2 do Expo Center Norte e prevê lançar 1.500 brinquedos, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) conversa com o MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para voltar a frear a concorrência desleal e predatória dos produtos importados da China.

Os importadores, segundo o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa, que integra a comitiva brasileira que hoje embarca para a China (“vamos propor que os brinquedos chineses sejam testados pelas normas brasileiras, entre outros acordos”), têm as seguintes vantagens: a. câmbio com defasagem de no mínimo 45% | b. isenção de cobrança de tributos trabalhistas, que não são pagos na China | c. 15% de vantagem em média para desembarque nos portos de Vitória, Manaus e portos secos | d. Taxa de juros de 2,9% a.a, contra 3,5% pagos pela indústria brasileira | e. O governo chinês devolve 13% ao exportador sobre o valor da Invoice verdadeira de exportação | f. Subfaturamento.

Sugestões da Abrinq ao governo Batista da Costa enumera: .vetar possibilidade de uso do mecanismo do preço de transferência – intercompany price (gera transferência de produção e empregos na China) |.Impedir que brinquedos chineses cheguem com certificado do Inmetro – testes deverão ser feitos aqui |.as Lls para brinquedos devem ser concedidas 120 dias após solicitadas com valores próximos a US$ 8 por quilo |.peças e partes para fabricação de brinquedos devem ter alíquota de importação reduzida a 2%, |.importações deverão ser desembarcadas exclusivamente pelo porto de Santos e tributadas na liberação |. as Dls deverão ser auditadas pela SRF, com punição para o importador que sonegar de perda da licença por 10 anos |.tradings não poderão importar.

Oportunidade de crescimento- A meta é ganhar quanto for possível de participação de mercado dos chineses, recuperando parte do que os brinquedos fabricados naquele país tiraram dos fabricantes nacionais.

A indústria nacional enxerga janelas para crescer. O aumento no valor da mão de obra chinesa em 15%, com o consequente aumento de 15% a 20% do preço do brinquedo produzido naquele país, é uma das oportunidades vislumbradas pela Abrinq. “A mão de obra na China já custa 350 dólares e começa a faltar por causa da demanda do setor eletroeletrônico”, observa Batista da Costa.

O discurso de Batista da Costa é de integração competitiva via Mercosul, de onde, ele imagina, a indústria produzindo partes e peças e exportando para o Brasil a preços competitivos. “O Mercosul tem incentivos que nós não temos; aqui, ao contrário, praticamos a guerra fiscal.” Segundo o presidente da Abrinq, “se conseguirmos recuperar a fatia de mercado que os chineses nos tomaram, dará para crescer substancialmente”.

A indústria nacional de brinquedos conta, ainda, com o apoio do governo brasileiro, que tem tomado medidas contra a produção de fora, aumentando a carga de impostos sobre os importados, de acordo com Batista da Costa.

Desde agosto de 2009 os fabricantes brasileiros, capitaneados pela Abrinq, vêm fazendo a lição de casa a partir da sua Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP. Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi feito amplo levantamento das necessidades das fábricas, cujas questões foram compiladas e estruturadas ano passado. A fase, agora, é de capacitação dessa indústria, bem como de adequação às normas e mais modernos processos produtivos.

Num primeiro levantamento da Abrinq, a ser consolidado nas próximas semanas, a indústria brasileira de brinquedos faturou R$ 3,1 bilhões em 2010, um avanço de 11% sobre o exercício anterior. A meta para este ano, com investimento de R$ 200 milhões, é crescer mais 15%, principalmente em função dos novos produtos que serão apresentados ao varejo durante a ABRIN.

.[ABRIN 2011 – 28ª Feira Nacional de Brinquedos, de 13 a 16 de abril de 2011,das 13h às 21h (dia 16, das 10h às 18h) , naExpo Center Norte – Pavilhões Verde e Branco. Promoção/Patrocínio: ABRINQ – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos. Organização/Comercialização: Francal Feiras|Informações pelo telefone: (11) 2226-3100| www.abrin.com.br].

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