Inverno, a estação que expira cuidados com a pele

Dra. Gabriela Casabona, do Hospital Samaritano de São Paulo, explica as doenças que surgem no inverno e quais cuidados devemos ter.

Banhos quentes e clima mais seco contribuem para a diminuição da camada de proteção natural da pele e de acordo com a dermatologista Gabriela Casabona, do a incidência de problemas de pele causados neste período aumenta de 30% a 40% nos meses mais frios. Alergias, eczemas, psoríase e dermatite seborreica são algumas das afecções comuns nessa época do ano.

O clima mais seco e o vento frio favorecem a perda de umidade natural do corpo. O consumo de água também cai, o que faz com que a hidratação natural, produzida pelo próprio organismo, chegue em menor quantidade à superfície.

A dermatite atópica é uma doença adquirida geneticamente que, na pele, causa lesões inflamatórias. Quem sofre desse problema tem a lubrificação da pele falha. Em casos agudos, a pele fica ainda mais seca e áspera, podendo desenvolver um eczema - áreas de coceira, com bolhas e vermelhidão.

Outra doença que aparece fortemente neste período é a Dermatite de contato. Surge, normalmente, depois da exposição repetitiva a uma determinada substância ou por causa do contato excessivo com algum produto, como maquiagem ou detergentes. Os sintomas da dermatite de contato são coceira, bolhas, crostas e/ou descamações da derme que são diagnosticadas com uma boa avaliação médica, acompanhada de testes alérgicos.

Também de origem genética, a Dermatite seborreica é uma disfunção relacionada a um fungo e à produção de óleo da pele. Manifesta-se mais em áreas com maior produção de sebo, e a pele descama e forma crostas brancas. Neste caso, deve-se manter a pele hidratada e evitar banhos muito quentes ou prolongados; também é aconselhável usar luvas ao manusear substâncias irritantes. Para tratar a dermatite seborreica, o uso de anti inflamatórios e antifúngicos específicos pode ser necessário.

Rosácea uma doença que aparece de forma tímida. Por conta da irritação ocasionada pela gordura produzida pelas glândulas sebáceas e por um ácaro, a pele fica seca, aparecem vasos finos e bolinhas de pus principalmente no rosto - em casos graves o nariz pode inchar. A sensibilidade ao sol e a vermelhidão na pele após consumir alimentos quentes, vinho ou pimenta também são indícios do problema. Para minimizar as crises, deve-se evitar o contato com gatos e cachorros e ter cuidado extra com os cosméticos utilizados. O uso do filtro solar é obrigatório em qualquer época do ano. Casos mais graves podem exigir antibióticos orais.

Outras recomendações sugeridas pelos especialistas são: . Não tomar banho muito quente e prolongado| . Não usar buchas vegetais, esponjas, cremes ou sabonetes de banho com grânulos |. Não se secar com toalhas ásperas, esfregando-se para não remover ainda mais a camada de proteção natural |.Utilizar esfoliantes no corpo, no máximo, de uma a duas vezes por mês, pois do contrário, a pele perde o revestimento natural por meio desse tipo de “agressão” e torna-se sem brilho e seca, fácil de manchar e se contaminar com vírus, bactérias e fungos |. Aplicar um bom hidratante corporal com produtos à base de uréia, acido lático, acido hialurônico, óleos vegetais, vitaminas e anti oxidantes. [www.gabrielacasabona.com.br].